Empresário que fugiu após tiroteio em MG se apresenta à polícia em SP
O homem teria viajado escoltado dos policiais para trocar dólares pelo dinheiro apreendido, mas fugiu em um avião após o tiroteio
São Paulo|Márcio Neves, do R7
Um empresário que teria envolvimento no caso dos R$14 milhões de reais encontrado após uma troca de tiros entre policiais civis de São Paulo e Minas Gerais na cidade de Juiz de Fora (MG), prestou depoimento na Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo na tarde desta segunda-feira (22).
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O homem seria o diretor de uma empresa ligada ao setor de construção civil e transporte com sede em São Paulo. Ele havia deixado a cidade em um avião fretado após o tiroteio.
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O empresário teria contratado os policiais civis paulistas para fazer uma escolta até a cidade mineira onde ele trocaria um valor ainda desconhecido em dólares pelos reais — que a polícia descobriu que eram falsos.
O dono do dinheiro falso apreendido havia sido baleado na troca de tiros entre os policiais civis, foi internado no hospital, mas já recebeu alta e foi preso acusado de lavagem de dinheiro — ele já havia sido preso processo por falsificação de dinheiro e estelionado antes.
Ainda no domingo cinco dos nove policiais civis envolvidos no caso prestaram depoimento no domingo (21) também na Corregedoria da Polícia Civil e foram liberados.
O caso
A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu 10 policiais civis de São Paulo após uma confusão que terminou na morte de um policial mineiro, na tarde desta sexta-feira (19), em frente ao Hospital Monte Sinai, em Juiz de Fora (MG).
Segundo a delegacia de plantão de Juiz de Fora, os policiais paulistas teriam trocado tiros com os policiais civis de Minas Gerais. Ainda de acordo com a Polícia Civil, um policial mineiro morreu e um homem de São Paulo, que não é policial, foi baleado.
Quando o tiroteio começou, o empresário que prestou depoimento nesta segunda em SP, e que estava com os dólares, conseguiu fugir, mas quase R$ 15 milhões em cédulas de R$ 100, a maioria falsificada, foram apreendidos. Um investigador da Polícia Civil de Minas Gerais foi morto durante a ação e outras duas pessoas, entre elas o dono do dinheiro apreendido ficaram feridos. Os quatro policiais paulistas foram autuados por lavagem de dinheiro e podem ser implicados pela morte do policial.
Os policiais paulistas foram detidos e levado para a delegacia de plantão de Juiz de Fora, onde permanecem. O caso foi registrado e a Polícia Civil de Minas Gerais investiga o caso.