As três mulheres acusadas de matar e de esquartejar o motorista de ônibus Álvaro Pedroso, de 55 anos, irão a júri popular. O crime aconteceu há quase um ano, no dia 23 de março de 2014, em São Paulo. A vítima teve partes do corpo colocadas em sacos plásticos e espalhadas por diversos pontos da cidade. De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério Público, a decisão partiu da Juíza Carla de Oliveira Pinto Ferrari, da 1ª Vara do Júri da capital. Ainda conforme o MP, Marlene Gomes, Francisca Aurilene Correia da Silva e Márcia Maria de Oliveira foram denunciadas pelo Promotor de Justiça Tomás Busnardo Ramadan por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima), destruição e ocultação de cadáver e fraude processual. Elas responderão por todos esses crimes perante o Tribunal do Júri. Na sentença de pronúncia, a magistrada negou às acusadas o direito de recorrer em liberdade. Ela argumentou que “os crimes a elas imputados são extremamente graves e assolaram a sociedade paulista em função das peculiaridades do caso, de forma que a liberdade das acusadas representa sério risco para a ordem pública”, segundo informação do Ministério Público.Leia mais notícias de São PauloProstituta assassinou o amante no prédio onde trabalhavaO caso Escutas telefônicas, câmeras de segurança e investigação levaram a polícia a localizar a amante da vítima e as duas comparsas, que confessaram o crime. As três eram prostitutas. Segundo a denúncia, o motorista tinha um caso extraconjugal com Marlene, que resolveu matá-lo quando a vítima quis terminar o relacionamento. Após embebedar o motorista durante uma visita a seu apartamento, Marlene e as duas amigas atacaram Pedroso no banheiro. O motorista foi golpeado na cabeça e no tórax até morrer. O trio esquartejou o corpo da vítima e espalhou as partes em quatro locais diferentes: duas pernas e dois braços foram deixados em uma esquina do bairro Higienópolis, as coxas, na rua da Consolação; a cabeça, na Praça da Sé, e o tronco, na rua Coronel José Eusébio. Para dificultar o reconhecimento da vítima, as mulheres cortaram as digitais dos dedos das mãos da vítima.