A Polícia Civil prendeu o estudante Everton de Morais Luiz, de 20 anos, após ele usar documentos falsos para tentar um visto norte-americano. O jovem foi detido na sexta-feira (20) ao deixar o consulado dos Estados Unidos, na zona sul de São Paulo. Aos investigadores, o rapaz disse que pagou R$ 5.500 pelos documentos falsificados e que daria o mesmo valor após a aprovação do visto. Ele levou ao consulado o crachá e comprovantes de trabalho da estatal Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), uma carteira de estudante da Unir (Universidade Federal de Rondônia), além de extratos bancários e declaração de Imposto de Renda. Luiz queria se mudar para Flórida, onde a mãe dele mora há oito anos. Para tentar facilitar o processo de aprovação do visto, ele recorreu a uma quadrilha especializada em fraudar comprovantes que podem ser exigidos pelo consulado.Leia mais notícias de São Paulo Segundo o delegado Newton Fugita, do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), os documentos aparentavam ser verdadeiros. No entanto, a polícia e o consulado já sabiam que se tratava de uma falsificação. A investigação da Polícia Civil foi feita em parceria com o serviço de segurança diplomática do governo dos EUA. O país trabalha para prender integrantes dessas quadrilhas, que atuam nas capitais onde há consulados norte-americanos — São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Recife. Os criminosos cobram entre R$ 10 mil e R$ 15 mil por visto. Foi apurado que, somente este ano, eles enviaram cerca de 5.000 brasileiros para o exterior com documentos falsos. Assista ao vídeo: