O enterro de Edilson Borges Nogueira, conhecido como Birosca, foi realizado na tarde de quarta-feira (6) em Diadema, na Grande São Paulo, com a presença de centenas de pessoas e queima de fogos de artifício (veja o vídeo abaixo). Vizinhos do cemitério Vale da Paz, onde foi realizado o enterro, confirmaram a queima de fogos.
Nogueira, 44, estava preso em Presidente Venceslau e foi morto por outros dois detentos durante o banho de sol. Até o fim de 2016, ele era apontado pela Justiça como integrante da "sintonia fina" do PCC, a cúpula da facção criminosa. No ano passado a facção passou por uma reorganização e seu nome deixou de constar entre os líderes.
O agente penitenciário que presenciou o crime, cometido no raio habitacional 2 do presídio, disse à polícia que Nogueira estava sentado no chão, sendo segurado por um dos presos enquanto outro o golpeava com um estilete.
Os dois presos suspeitos de terem matado Nogueira foram autuados pelo crime de homicídio qualificado, com a impossibilidade de defesa da vítima. Eles foram ouvidos dentro da penitenciária. À polícia, a administração da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, a 640 km de São Paulo, disse que os presos envolvidos no crime serão transferidos para a a Penitenciária 1 da cidade.
Secretaria apura os fatos
Em nota enviada ao R7, a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) diz que o presídio comunicou à Polícia Militar, registrou o Boletim de Ocorrência e solicitou o comparecimento da Polícia Científica para realização de perícia no local.
"Além disso, a unidade abriu Procedimento Apuratório Disciplinar e Preliminar para averiguação dos fatos", diz a pasta. A secretaria ainda afirma que vai "solicitar ao Poder Judiciário a internação dos presos envolvidos no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), no Centro de Readaptação Penitenciária 'Dr. José Ismael Pedrosa' de Presidente Bernardes".
A SAP finaliza dizendo que "a assistência social da unidade entrará em contato com a família para comunicar o falecimento".