O Comando Militar do Sudeste informou neste sábado (14) que mantém cerca de 480 militares aquartelados para a investigação do sumiço de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra de Barueri, região metropolitana de São Paulo. "Os militares estão sendo ouvidos para que possamos identificar dados relevantes para a investigação", diz a nota. • Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo Telegram A ausência do armamento – 13 metralhadoras calibre .50 e oito de calibre 7,62 mm – foi notada durante uma inspeção no local, na última terça-feira (10). "Os armamentos são inservíveis e estavam no Arsenal, que é uma unidade técnica de manutenção, responsável também para iniciar o processo de desfazimento e destruição dos armamentos que tenham sua reparação inviabilizada", informou o Exército. Metralhadoras calibre .50 são equipamentos de interesse de grupos criminosos organizados, como o PCC (Primeiro Comando da Capital), que é conhecido por "alugar" armas de alto calibre para assaltos a carros-fortes, transportadoras e agências bancárias. Em 2016, o assassinato do megatraficante Jorge Rafaat Toumani, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, foi realizado com o uso desse armamento pesado. Já o fuzil automático leve (FAL) de calibre 7,62 é adotado pelo Exército como armamento padrão de combate desde a década de 1960. "O FAL utiliza a munição 7,62x51 mm Nato, que concede ao armamento uma alta precisão no engajamento dos alvos e grande letalidade", descreve um estudo da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais do Rio. A análise acrescenta que, a partir de 2017, teve início uma substituição gradual do FAL por um armamento de calibre 5,56 mm.