Frio dá trégua a partir de sexta-feira em SP, mas volta no domingo (24) com nova frente fria
Reprodução/Agência Brasil - 08.10.2021A sensação de frio e as chuvas constantes dão uma trégua a partir desta sexta-feira (22) no estado de São Paulo, mas se engana quem acha que as temperaturas mais agradáveis vão durar. Já no domingo (24), uma nova frente fria chega e derruba as temperaturas, de acordo com a meteorologista da Climatempo, Daniela Freitas.
"A partir de sexta-feira para de chover no estado e as temperaturas voltam a subir, ficam agradáveis por dois dias. A partir de domingo, uma nova frente fria chega ao litoral e volta a ter condição de chuva forte em parte do estado. Com rajadas de vento, volume alto de chuva e possibilidade de queda de granizo", revela.
Nesta quinta-feira (21), o ceú continua cinzento, com sensação de frio, máxima de 19º C, mas já com algumas aberturas de sol. Chove no litoral, na Grande São Paulo e nos Vales do Ribeira e Paraíba. No interior paulista, o ar frio enfraquece, as temperaturas sobem e o sol ressurge.
Os ventos contribuem para aumentar a sensação de frio. Nesta terça (19), às 18h, a temperatura no aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital, era de 12ºC, mas com sensação de apenas 8ºC.
Segundo a meteorologista, "os temporais e a queda na temperatura desde o fim de semana se devem à passagem de uma frente fria e atuação de sistemas de baixa pressão no interior do país, que favorecem a formação de áreas de instabilidade e chuva".
No sábado (23), será o dia mais quente da semana, com máxima de 28ºC, mas já no domingo (24) a temperatura cai para 24ºC.
De domingo até pelo menos quarta-feira (27), as condições são parecidas com as verificadas nesta semana: sensação de frio, temperatura na casa dos 20ºC, umidade alta, com chuvas persistentes e em volume considerável.
Chuvas
As chuvas constantes dos últimos dias contribuíram para a melhora dos índices de armazenamento nos reservatórios de água e também aumentaram a vazão para geração de energia.
"As chuvas de 3, 4 dias não revertem o cenário de crise hídrica, mas houve uma melhora momentânea. Para reverter a situação, tem que chover de forma contínua por alguns meses", explica Daniela Freitas.
Segundo a meteorologista, as chuvas começaram mais cedo este ano na comparação com 2020, na verdade, na época em que deveria ser. São chuvas regulares com volumes expressivos, como é esperado na primavera e, principalmente, no verão. Ainda assim, elas devem ficar abaixo da média histórica.
"Chuva abaixo da média ajuda o reservatório a subir. Não significa que não tem chuva. Se era pra chover 250 mm, chove 150 mm, mas pode ser que comprometa o abastecimento no ano que vem. As chuvas estão abaixo da média no centro-sul do país há uns 8 anos", diz Daniela Freitas.
O déficit de chuvas até agora em partes do país se deve a uma somatória de fatores: o fenômeno La Niña, com o resfriamento das águas do Pacífico, o aumento do desmatamento e queimadas e também o aquecimento global.