Greve de ônibus não deve se estender em SP, diz representante do Ministério do Trabalho
Paralisação de motoristas e cobradores chegou ao terceiro dia
São Paulo|, com R7
O superintendente do Ministério do Trabalho em São Paulo, Luiz Antônio Medeiros, acredita que o movimento grevista dos motoristas de ônibus não deve se prolongar em São Paulo. Medeiros, que se reuniu com funcionários da Viação Santa Brígida — que voltou a rodar nesta quinta-feira (22), apesar do acordo de fim de greve feito nesta quarta, deu entrevista à Rádio Estadão.
— Acho que não vai continuar, até porque a situação tende a se acalmar.
Medeiros disse que a Justiça irá se pronunciar na tarde desta quinta sobre a legalidade do movimento e que o prefeito Fernando Haddad aguardava essa decisão para então se reunir com representantes dos motoristas e cobradores. O superintendente ressaltou, contudo, que há dificuldades no processo de negociação por causa da falta de representação dos motoristas grevistas.
— Realmente faltam interlocutores.
Ele lembra que de um lado está o "sindicato patronal absolutamente fechado, esperando que a greve seja julgada ilegal" e de outro os trabalhadores sem representação organizada.
Segundo ele, o trabalho do ministério tem sido apenas de mediação, de abertura de canais de diálogo.
— Estamos apenas mediando e acho que ajudamos, porque hoje a cidade de São Paulo está quase toda funcionando.
Medeiros disse que é importante "não tapar o sol com a peneira", lembrando que as condições de trabalho de motoristas em São Paulo não é boa, com jornadas extenuantes e salários baixos.
— Não basta repressão, repressão não vai resolver.
Haddad afirma que paralisação de motoristas está nas mãos da Justiça
Motoristas se reúnem em frente à Prefeitura para pedir audiência com Haddad