Influencer detido em operação contra fraudes ostenta carrões nas redes sociais
Wesley Alemão foi levado à prisão por desacato, mas já está liberado. Ele alega inocência e diz que não usa 'contas laranjas'
São Paulo|Do R7, com informações da Record TV
O influencer e produtor musical Wesley Alemão ostentava uma vida de riqueza nas redes sociais até esta quarta-feira (4), quando foi alvo de uma ação da Polícia Civil contra jogos de azar por meio de plataformas virtuais. O R7 não conseguiu contato com o influencer.
A polícia investiga um esquema de lavagem de dinheiro que usa rifas para esconder valores ganhos de forma ilícita. Em uma transmissão em suas redes sociais, Wesley afirmou não ter medo de investigações, não desviar o dinheiro de rifas por meio de "laranjas" e que paga seus impostos em dia.
Em imagens e vídeos em sua conta no Instagram, o produtor aparece com carros de luxo e artistas famosos, como o falecido MC Kevin e o rapper Djonga. Wesley também tietou o astro e campeão do UFC na categoria peso-leve Charles do Bronx.
Alvo de busca e apreensão na Operação Cardano, contra fraudes financeiras, ele fazia uma transmissão virtual quando foi interrompidos por policiais. Wesley foi detido depois de desacatar um dos agentes, mas liberado para responder ao processo em liberdade.
A operação ainda apreendeu sete veículos de luxo, com o valor estimado em cerca de R$ 7 milhões. Segundo as investigações, um grupo de influencers, que inclui Wesley, aproveitava a dimensão de seus seguidores para criar rifas e premiar os participantes com carros de luxo. Ainda de acordo com os policiais, os influencers realmente entregavam os automóveis e não praticavam estelionato.
Vídeos e imagens recebidos pela reportagem mostram os carros apreendidos. Entre eles, há veículos das marcas Porsche, Audi e Lamborghini. Cada um vale pelo menos R$ 700 mil. A ação foi a continuação da Operação Cardano, realizada em 24 de março, quando mais automóveis, equipamentos e documentos foram apreendidos.
Jogos de rifa só podem ocorrer com autorização da Caixa Econômica Federal, e a prática desse grupo de influencers também pode ser considerada como jogo de azar. Agora a polícia investiga se os criadores das rifas usavam um esquema de lavagem de dinheiro para declarar o lucro dos jogos.