A garota do interior do Paraná que perdeu o pai aos sete anos de idade estudou até a terceira série e foi criada pela mãe, empregada doméstica, junto com outras duas irmãs e um irmão. Após sofrer um acidente de carro em que morreu um amigo e que lhe rendeu diversos cortes no rosto, cabeça e braços — cicatrizes que ainda carrega cobertas por tatuagens de flores e borboletas — mudou-se para Campinas, interior de São Paulo, onde viveu em companhia de uma das irmãs e cultivou o sonho de se tornar professora de educação física. Não deu certo. Trabalhou como babá, vendedora de churros, sorvetes, perdeu o emprego e chegou a vender drogas no Jardim Itatinga por um curto período. Ali, conheceu algumas garotas de programa que a convenceram a trabalhar em casas de prostituição. Com medo de ser presa pelas drogas, tomou a decisão que mudaria sua vida. Procurou a casa que achava mais bonita, conversou com os donos, disse que queria trabalhar e que precisaria morar no mesmo local, na boate. No dia seguinte, mandaram um táxi buscá-la. Morou e trabalhou em várias casas de prostituição do bairro de Campinas mas nunca fez ponto na rua.Pivô do crime era só um dos casos de Daleste; conheça as amantes do cantorAs últimas horas de MC Daleste: já baleado, cantor pediu foto para acalmar fãs Em 2012, durante um show no Jardim São Fernando, conheceu o Mc Daleste e tirou fotos com ele. Na época, não era comprometida nem sabia que o cantor era casado. Só saberia após a morte dele. “Nuca saímos só ele e eu, sempre em grupo com mais garotas e com a equipe e nunca cobrei nada para sair com ele. Só saía por diversão”, contou Juliana em entrevista exclusiva à Record. A jovem também relata que foram aos motéis Euro e Scape, dois dos mais luxuosos da região. Segundo ela, rolava sexo grupal e o cantor pagava a conta pela melhor suíte com piscina. “Daleste não ficava só comigo, também ficava com as outras meninas”, disse. Todos da equipe participavam. Alguns ativamente, outros só olhando. Juliana não ficava com todos, só com dois ou três no máximo. Ela conta que também rolavam bebidas, porém nunca consumiram drogas. A jovem descreve o cantor como brincalhão e sorridente e afirma não ter conhecido ele profundamente: “Só saímos duas vezes para motéis”.Após o assassinato de Daleste, ela diz ter sido apontada injustamente pela imprensa como pivô do crime, mas jamais alguém a entrevistou. “Publicaram minhas fotos e me apontaram de forma irresponsável”, diz. A vida dela ficou de cabeça para baixo, teve que mudar de endereço e, durante um tempo, ficou com medo de sair na rua e ser morta por algum fã por conta das falsas acusações. A garota do Jardim Itatinga hoje não se prostitui mais. Conheceu alguém por quem se apaixonou e casou sem ocultar nada do seu passado. Desempregada no momento, a bela morena afirma que nunca aproveitou a história para crescer e fazer fama em cima da morte de Daleste. “Queria fama, sim, só que não por causa de alguém que já morreu. Por causa de alguém tão querido que todo mundo amava e ama ainda. O povo ia me criticar, sabe”. Quanto ao futuro, Juliana afirma que, se procurada, faria um ensaio sensual para revista especializada, mas não voltaria a se prostituir. Ela espera uma nova oportunidade da vida.Assista ao vídeo: