Motorista foge após atropelar cachorra com van na Grande São Paulo; veja o vídeo
Cadelinha Kiteria escapou de casa pela 1ª vez ao passar pelo vão do portão e, ao tentar atravessar a rua, foi atingida na sexta-feira (22)
São Paulo|Nayara Paiva, da Agência RECORD
Uma cachorra de apenas 9 meses foi atropelada por uma van na manhã desta sexta-feira (22), em Itapevi, na região metropolitana de São Paulo. O motorista do veículo, segundo os que os tutores relataram à RECORD, prestava serviços de transporte para o Hospital Geral de Itapevi e não parou para socorrer o animal. Em seguida, tentou fugir.
A cachorrinha Kiteria escapou de casa pela primeira vez ao passar pelo vão do portão. Ao tentar atravessar a rua, foi atingida pela van.
Imagens de uma câmera de segurança da loja do tutor mostram o momento em que o animal, de pelagem branca e marrom, se assusta com o veículo e corre. Ela não consegue evitar o atropelamento.
O condutor do veículo não reduziu a velocidade e fugiu sem prestar atendimento. Kiteria ficou no chão chorando de dor, mas, assustada, conseguiu se refugiar na calçada.
O dono, ao perceber que o motorista retornaria para buscar funcionários, o aguardou e o abordou para questionar a omissão. Durante a discussão, o suspeito alegou estar “trabalhando” e passou com a van por cima do pé do rapaz antes de tentar fugir novamente.
A Guarda Civil Municipal de Itapevi foi acionada e conseguiu interceptar o motorista. Ele e o veículo foram levados à delegacia, onde prestou depoimento. Apesar do registro do caso, o boletim de ocorrência ainda não foi disponibilizado às vítimas.
Cuidados com cachorra atropelada
Após o atropelamento, a cachorra foi levada ao Hospital Veterinário de Itapevi, onde exames iniciais custaram R$ 850, pagos pela empresa responsável pela frota.
No entanto, exames posteriores identificaram uma fratura que pode comprometer a mobilidade do animal e até funções básicas, como urinar e evacuar.
Os veterinários avaliam a necessidade de uma cirurgia, estimada em R$ 5.000, além de diárias no hospital veterinário no valor de R$ 375.
O responsável pela frota da empresa de vans afirmou que está em contato com o departamento jurídico e seguradora para buscar uma solução. Ele ainda tentou responsabilizar os tutores de Kiteria, ignorando denúncias de que motoristas da empresa frequentemente trafegam acima da velocidade permitida na via, que é de 40 km/h.
O tutor, no entanto, relata que este não é o primeiro incidente envolvendo a empresa. Segundo ele, outros dois atropelamentos já ocorreram na mesma rua, sendo que, em um dos casos, uma cachorra teve a cabeça esmagada e morreu.
A mãe do dono da cachorra está desolada com o estado do animal e teme que sua recuperação seja lenta ou até irreversível. A família aguarda uma posição definitiva da empresa sobre o custeio integral do tratamento e a responsabilização do motorista pela omissão de socorro, caracterizada como crime de maus-tratos.
O caso será investigado pela Delegacia de Itapevi.