Novo ato do "Não Vai Ter Copa" é marcado para dia 13 de março
Segundo protesto organizado pelo grupo reuniu 1.500 pessoas em São Paulo no último sábado
São Paulo|Do R7
![Mais de 3.000 pessoas confirmaram presença em 3º protesto](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/HSW3ZXYNGNJNPHTSMBMSU76IVE.jpg?auth=d4f784cda78fd113e7ff54420132a12252b27c02a4329e93745b7c45378aa633&width=718&height=471)
Mesmo com o cerco policial e o grande número de manifestantes detidos no último sábado (22), um novo ato intitulado "Não Vai ter Copa" está marcado nas redes sociais para 13 de março. Desta vez, a pauta é o transporte público.
Até as 9h20 desta segunda-feira (24), mais de 3.000 pessoas tinham confirmado a presença na página do evento no Facebook. Este será o terceiro protesto do ano contrário à Copa. O primeiro ato aconteceu em 25 de janeiro, quando 135 pessoas foram detidas e um manifestante foi baleado por PMs.
Em nota, o coletivo Sem Direitos Não Vai ter Copa, um dos organizadores dos eventos, disse, em nota, que a manifestação de sábado seria pacífica. "Nossa pauta, a educação é justamente o oposto da violência. Entretanto, a Polícia Militar com grande efetivo veio de antemão para agir com violência. A manifestação não chegou ao fim por causa de sua abordagem usual: bombas, balas de borracha e agressão física".
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A PM nega o uso de balas de borracha. A reportagem não presenciou disparos deste tipo de arma.
O protesto
O ato contra a Copa do Mundo que aconteceu neste sábado em São Paulo teve a participação de 2.300 policiais militares para cerca de 1.500 manifestantes. A informação é do coronel da PM Celso Luiz Pinheiro, para quem a ação "foi bem-sucedida".
— Para nós, a operação foi um sucesso. Se houve excessos ou erros, vamos apurar.
O número de pessoas detidas foi recorde em protestos na capital paulista: 262, segundo a contagem da Polícia Militar. Todos foram liberados. Além disso, oitos pessoas ficaram feridas, sendo cinco policiais e três manifestantes.
Essa foi a primeira vez que o "pelotão ninja" da Polícia Militar, especializado em artes marciais e sem armas de fogo, atuou em uma manifestação. Duzentos homens do efeitivo tinham esse treinamento.
De acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública), os motivos das detenções foram lesão corporal, resistência, desacato a autoridade, porte de arma, dano qualificado e ameaça. Entre os detidos estavam seis jornalistas — quatro repórteres e dois fotógrafos — que faziam a cobertura da manifestação. A PM não confirmou essa informação.