São Paulo Operação de combate à pedofilia termina com mais de 50 presos

Operação de combate à pedofilia termina com mais de 50 presos

Chamada de "Black Dolphin", ação foi deflagrada após a prisão de um brasileiros que pretendia vender sobrinha a abusadores estrangeiros

  • São Paulo | Letícia Dauer, da Agência Record

Suspeito é detido em Campinas, no interior de São Paulo, como parte da Operação Black Dolphin

Suspeito é detido em Campinas, no interior de São Paulo, como parte da Operação Black Dolphin

DENNY CESARE / CÓDIGO19 / ESTADÃO CONTEÚDO - 25.11.2020

Uma ação contra crimes de pedofilia resultou na prisão de 54 pessoas pela Polícia Civil nesta quarta-feira (25). Chamada de "Black Dolphin", a operação foi deflagrada em São Paulo e em outros três estados. Foram cumpridos mais de 200 mandados de busca e apreensão. 

Assista ao vídeo:

Os trabalhos foram coordenados pelo Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro) e pela Delegacia Seccional de Polícia de São José do Rio Preto, contando com a mobilização de unidades policiais de todo o território paulista. As atividades também tiveram o apoio das polícias locais de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro - que também foram alvos das ordens judiciais.

A operação mobilizou 1.170 agentes, com apoio de 302 viaturas. Do total de prisões, oito foram realizadas fora do Estado de São Paulo - três aconteceram em MG, quatro no RS e uma no RJ.

Investigação

A ação é resultado de uma apuração iniciada no ano de 2018, durante uma ronda virtual. Na ocasião, os trabalhos policiais permitiram prender, em São Paulo, um indivíduo que pretendia levar sua sobrinha para a Disney e vendê-la para abusadores estrangeiros, alegando que ela tivesse desaparecido no parque.

Por meio dessa prisão, foi possível descobrir uma organização criminosa voltada à produção e venda de material de abuso infantil, sequestro e tráfico de crianças para abusos. Com isso, foi instaurado um inquérito policial e solicitada à Justiça as ordens judiciais cumpridas nesta quarta-feira.

Os suspeitos produziam vídeos e vendiam as imagens de pornografia infantil para uma rede internacional. Agora, a investigação tenta descobrir se a quadrilha praticava outros crimes, como sequestro e tráfico de crianças.

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