Passageiro é atacado e sofre corte no pescoço dentro de estação do Metrô

Um usuário do Metrô de São Paulo sofreu corte no pescoço ao ser atacado dentro da estação Santana, na zona norte da cidade. A agressão foi relatada pela vítima no Facebook, na última sexta-feira (8). O jovem, que precisou levar seis pontos, contou ter sido alvo de uma tentativa de assalto no momento em que usava o banheiro da estação. O caso aconteceu nesta quinta (7), por volta das 22h.

“Depois de um longo dia de trabalho, fui carregar o bilhete único na estação Santana. Com a fila do bilhete grande e com vontade de ir ao sanitário, fui. Enquanto urinava, fui surpreendido por dois caras tentando invadir a cabine na qual urinava. Entrei em conflito por medo de ficar somente com os dois dentro da cabine. Nesse conflito, consegui sair da cabine, mas um me agarrou e o outro tentava arrancar minha bolsa. Ele não conseguiu arrancar minha bolsa, porque eu vestia um casaco por cima. Quando um deles diz que iria me matar e passou um objeto cortante na minha garganta (dentro do sanitário do metrô)”.

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Sangrando, a vítima conseguiu sair correndo e pedir socorro.

“(...) com a garganta cortada e sangrando, sai correndo, chamando pela segurança com o cidadão me seguindo. E mesmo apontando o sujeito e gritando desesperado, o máximo que consegui foi atravessar a catraca, quando o guardinha acionou pelo rádio os seguranças. Veio um funcionário do Metrô, me acolheu numa sala e pedia pra eu ficar calmo e colocando gazes no meu pescoço, que nessa altura, eu nem sabia como estava, só via meu sangue pelo corpo”. 

Os agentes de segurança do Metrô levaram o jovem na viatura da companhia ao Pronto Socorro de Santana. Segundo o usuário, o ferimento foi na direção da veia jugular.

“Levei seis pontos no pescoço na direção da jugular. O médico disse que ele [agressor] foi na direção certa e que, por menos de meio centímetro, não estaria vivo.”

O passageiro explicou que não registrou boletim de ocorrência por estar “cansado, sujo, com dor”. Revoltado, ele desabafou na rede social.

“Ia perder a noite na delegacia, como não conseguiram pegar o cara e não teve roubo, ia servir somente de estatística. Se estou bem? Eu diria, estou vivo. Com vergonha de viver num país onde se cobra um absurdo de tarifa de transporte público e não te oferece o mínimo de segurança. Tudo isso aconteceu dentro do Metrô. O que estou sentindo? Não sei traduzir em palavras, mas ter a garganta cortada de maneira aleatória e covarde, e não ter justiça, me deixa uma angustiante sensação de impotência”.

Em nota, o Metrô informou que os funcionários da companhia socorreram a vítima, mas não confirmou a tentativa de assalto relatada pelo usuário. Diz o texto: “Liberado no hospital, o socorrido recusou-se a acompanhar os funcionários do Metrô até uma delegacia para o registro da ocorrência”. 

A nota acrescentou que o “Metrô conta com 1.300 agentes de segurança que executam rondas nas estações e nos trens e mais de 3.500 câmeras de vigilância eletrônica para monitoramento. Além disso, conta com a colaboração dos usuários por meio do serviço de SMS-Denúncia do Metrô (9 7333-2252). A mensagem é recebida em uma central de monitoramento, que destaca os agentes de segurança mais próximos para verificação e providências. O serviço garante anonimato ao denunciante”.