A Polícia Federal realiza na manhã desta quarta-feira (10) uma operação para apurar crimes de ocultação de bens obtidos com o lucro do tráfico internacional de drogas praticados a partir do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, no interior de São Paulo. A investigação começou a partir da análise de documentos e informações de inteligência policial obtidos durante a Operação Overload e tem como objetivo reunir provas, identificar e bloquear bens imóveis e dinheiro de ganhos ilícitos decorrentes dos crimes investigados na operação por um dos suspeitos. Durante as investigações, constatou-se que um suspeito fez parte do núcleo de operadores do tráfico internacional no Aeroporto Internacional de Viracopos, responsável por tratativas com investidores e traficantes estrangeiros na Europa, bem como pela cooptação de empregados internos do aeroporto. Nas apurações da Operação Lavaggio, a Polícia Federal identificou, ao menos, 20 atos de lavagem relacionadas ao investigado, contabilizando alienações de veículos e compras de imóveis (apartamentos, casas, chácaras), o que foi feito envolvendo familiares do investigado cujas rendas são, segundo a polícia, incompatíveis com as transações, além de terceiros e pessoas jurídicas. Na Operação Overload, os agentes constataram que a movimentação de alguns investigados chegou a R$ 10 milhões, com veículos e R$ 3 milhões apreendidos. Nesta quarta-feira (10), estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão e sete ordens judiciais de bloqueio de imóveis em Campinas e Monte Mor, cujo valor pode chegar a mais R$ 3 milhões, segundo esteimativa da polícia. Os envolvidos responderão pelo crime de lavagem de dinheiro cuja pena pode chegar a 10 anos de prisão. O nome da Operação Lavaggio vem da palavra em italiano, que significa lavagem, e faz referência ao processo de ocultação de capitais do grupo criminoso. Sete pessoas permanecem presas em decorrência da Operação Overload.