Resumindo a Notícia
- A Operação Apateones investiga fraudes no programa Auxílio Emergencial no Brasil.
- A organização movimentou valores que ultrapassam R$ 50 milhões.
- 200 agentes cumprem 47 mandados de busca e 2 de prisão preventiva em 12 estados.
- Os envolvidos podem responder pelos crimes de furto mediante fraude e estelionato.
Objetivo é punir os suspeitos e recuperar os valores roubados
Edu Garcia/R7 - 21.02.2022A Polícia Federal de Campinas iniciou, na manhã desta terça-feira (7), a Operação Apateones, que visa a desarticular organizações criminosas que fraudaram o programa Auxílio Emergencial. O objetivo, segundo a corporação, é punir os integrantes e recuperar os valores roubados, que ultrapassam R$ 50 milhões.
A 9ª Vara Federal de Campinas expediu 47 mandados de busca e 2 mandados de prisão preventiva em 12 estados da Federação: Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Tocantins, além do Distrito Federal. Ao todo, 200 agentes trabalham para o cumprimento da ação.
Além das medidas de busca, foi autorizado o bloqueio de bens e valores encontrados em nome dos investigados. Os 37 suspeitos estão sendo investigados pelos crimes de furto mediante fraude, estelionato e organização criminosa. As penas somadas ultrapassam 22 anos de reclusão.
As investigações foram iniciadas em agosto de 2020 após dados encaminhados pela Caixa Econômica Federal à Policia Federal em Brasília terem mostrado 91 benefícios de Auxílio Emergencial fraudados, no valor total de R$ 54,6 mil, desviados para duas contas bancárias de pessoa física e de pessoa jurídica em Indaiatuba (SP). Em seguida, a Delegacia de Polícia Federal em Campinas revelou milhares de outras fraudes.
As transações foram rastreadas, e inicialmente os resultados apontaram os estados de Goiás e Rondônia como principais locais onde ocorreram as fraudes. Os agentes descobriram que a residência de Rondônia pertencia a familiares da pessoa que era investigada em Indaiatuba.
Segundo a PF, os investigados receberam valores provenientes de cerca de 360 contas do Auxílio Emergencial fraudadas por meio de pagamento de boletos e transferências bancárias.
Houve quebra de sigilos bancários e análises de RIFs (Relatórios de Inteligência Financeira), que constataram que a organização criminosa movimentou valores que ultrapassam os R$ 50 milhões, com mais de 10 mil contas fraudadas.
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