A Prefeitura de São Paulo admitiu, por meio de nota, que um funcionário da SMPR (Secretaria Municipal de Prefeituras Regionais) solicitou indevidamente a pintura da fachada do convento São Francisco, no centro de São Paulo. A pasta, na ocasião, demitiu o ex-assessor técnico. Parte da fachada do local amanheceu pintada de bege na manhã de quarta-feira (25). O prédio, porém, é considerado patrimônio histórico, portanto, passível de alteração e manutenção somente mediante autorização do Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo). O Conselho disse que "quaisquer intervenções no local devem ser autorizadas pelo órgão, de modo a evitar a descaracterização do patrimônio". A única ação recente autorizada pelo Conselho foi no começo deste mês: realizou-se a remoção de uma pichação no edifício aos fundos da Igreja São Francisco — segundo o pedido protocolado, seria feita com jato de água quente de baixa pressão e removedor. Na época, a prefeitura negou que tivesse realizado o serviço. No entanto, nesta quinta, admitiu que o fez por meio de um funcionário que não possuía autorização. "A empresa responsável pela execução da pintura será multada por agir sem ter recebido ordem do serviço", diz a nota. O órgão informou ainda que o Departamento de Patrimônio Histórico irá orientar a restauração — a tinta a qual foi usada é à base de cal e água, sendo assim, fácil de ser retirada.