Resumindo a Notícia
- O TJ- SP acolheu um recurso da prefeitura para retomar a construção da ponte Pirituba–Lapa.
- Ligação entre os bairros deve beneficiar mais de 115 mil pessoas e reduzir trajeto.
- O projeto completo também prevê a implantação de 3 quilômetros de ligação viária.
- Gasto total previsto é de R$ 209,5 milhões.
Ponte Pirituba–Lapa vai transpor o rio Tietê
WAGNER VILAS/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDOO Tribunal de Justiça de São Paulo liberou a retomada das obras de construção da ponte Pirituba–Lapa, que estavam suspensas desde 9 de abril de 2020 por decisão judicial. O TJ acolheu o recurso da prefeitura durante o julgamento desta quinta-feira (17).
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A ligação entre os dois bairros, que vai transpor o rio Tietê, é uma reivindicação de mais de 40 anos dos moradores de Pirituba, na zona oeste, e beneficiará 115 mil pessoas, que utilizarão o acesso diariamente, segundo a prefeitura.
O projeto prevê a implantação de uma ponte sobre o rio e seus acessos, que totaliza 900 metros de extensão para a interligação entre os dois bairros. A ponte terá início na avenida Raimundo Pereira de Magalhães e seguirá pela Vila Anastácio até a rua Campos Vergueiro. Ela contará com mão dupla, ciclovia e faixa exclusiva para ônibus.
Além da construção da ponte, o projeto completo prevê a implantação de 3 quilômetros de ligação viária. O trecho da avenida Raimundo Pereira de Magalhães, que dá saída do bairro da Lapa para a marginal Tietê, será alargado e receberá melhorias em toda sua extensão: três faixas de circulação em ambos os sentidos, sendo uma faixa exclusiva para ônibus e canteiro central com ciclovia, além de obras de 900 metros de galerias de drenagem complementares para garantir a captação adequada das águas pluviais.
Também está prevista a construção de um binário de acesso ao Terminal Lapa e de uma nova passagem sob a linha férrea da CPTM, com faixas para veículos, ônibus, passeio para pedestres e ciclovia.
Estudos de tráfego mostram que, com o remanejamento de linhas de ônibus da região para o novo viário, os usuários do transporte público terão suas viagens encurtadas em até 36 minutos por dia entre os terminais Pirituba e Lapa. Já os usuários do transporte individual ganharão cerca de 15 minutos diários.
A implantação do empreendimento pretende ser favorável do ponto de vista econômico e financeiro para a região, além de desafogar o trânsito nas pontes da Anhanguera e do Piqueri, assim como nas conexões com a marginal Tietê, ao proporcionar novas alternativas nos deslocamentos diários.
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"Essas mudanças refletirão num menor tempo de viagem, maior fluidez na circulação do transporte público, de pedestres, de ciclistas e de veículos, gerando mais mobilidade e melhoria na qualidade de vida da população", escreveu a prefeitura em nota.
As tratativas administrativas para a retomada do contrato, a mobilização das equipes da empresa contratada e a reativação do canteiro de obras serão iniciadas assim que o Tribunal de Justiça determinar a decisão.
Desde a paralisação, foram gastos de cerca de R$ 3,5 milhões com serviços de manutenção e segurança nos canteiros desativados. As obras estavam 14% concluídas quando foram interrompidas pela Justiça, e R$ 34 milhões foram consumidos pelo contrato de obras até o momento, dos R$ 209,5 milhões totais previstos.