Protesto na Zona Leste contra a alta da tarifa de ônibus e metrô é marcado por clima de tranquilidade
Maior tensão ocorreu no final, quando manifestantes tentaram um catracaço no metrô
São Paulo|Caroline Apple, do R7
O terceiro ato contra o aumento da tarifa do transporte público em São Paulo, que aconteceu nesta terça-feira (20), no Tatuapé, zona leste de São Paulo, foi marcado pelo clima de tranquilidade.
Integrantes do MPL (Movimento Passe Livre) terminaram em ritmo de festa a manifestação, por volta das 22h, no largo São José do Belém. De acordo com a Polícia Militar, 5 mil pessoas participaram do ato.
Uma das ativistas, Nina Simões, muito presente nos protestos de 2013, foi a responsável por dialogar com a PM a respeito do trajeto que havia sido votado em assembleia na praça Silvio Romero.
— O diálogo com a PM foi surpreendentemente tranquilo.
O capitão da PM responsável pela operação, Ubirajara Storai, classificou o ato como “glorioso”.
— Não houve nenhuma ocorrência e nenhum manifestantes foi detido. Garantimos o direito da livre manifestação, o que só foi possível porque o ato ocorreu pacificamente, sem depredações ou violência.
Nas últimas semanas, os atos foram marcados por depredações e pela ação violenta da PM.
Desta vez, o único momento mais tenso do ato ocorreu no final, quando alguns manifestantes tentaram fazer um catracaço (quando o grupo salta a catraca) na estação Belém do Metrô. A PM interveio e restringiu a entrada na estação. O portão da estação chegou a ser chutado e alguma pedras foram arremessadas.
Durante boa parte do ato, que percorreu ruas do Tatuapé e do Belém, a Radial Leste foi bloqueada no sentido centro. O sentido bairro da via também chegou a ser parado em alguns momento.
O trânsito ficou intenso e os motoristas chegaram a ensaiar um buzinaço. A situação foi acompanhada pela PM e pela CET.
A próxima manifestação está marcada para sexta-feira. A concentração acontecerá em frente ao Theatro Municipal.