São Paulo reconhece mais quatro quilombos no interior
Número de comunidades formadas por descendentes de escravos sobe para 32
São Paulo|Do R7
Quatro comunidades do interior paulista serão reconhecidas como remanescentes de quilombos pela Itesp (Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo). Com a medida, as famílias podem ter regularizada a situação das terras que ocupam, além de obterem outros direitos previstos na Constituição.
![Na imagem, quilombolas em Poça, 22ª comunidade reconhecida pelo Governo de São Paulo, no Vale do Ribeira](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/UX6NNOJ6CVJCRLAVPELZJSDMQA.jpg?auth=0455ad6d3e875283b49dd3f91009eb3c5ac60bad7904e156340ecd8f8022a918&width=854&height=569)
O reconhecimento das comunidades de Engenho e Abobral Margem Esquerda, em Eldorado; Aldeia, em Iguape, e Bombas, em Iporanga, eleva para 32 os remanescentes de quilombos — comunidades ou vilas formadas por descendentes de escravos — oficiais no Estado.
Os novos núcleos, situados no Vale do Ribeira, têm baixa densidade populacional — são 86 famílias no total —, mas preservam manifestações culturais expressivas, segundo o diretor executivo do Itesp, Marcos Pilla.
— Esse reconhecimento representa o resgate da cultura tradicional.
A solenidade ocorrerá no próximo dia 16, durante a Feira Paulista de Assentamentos e Quilombos, no Parque da Água Branca, em São Paulo. As comunidades serão atendidas com os serviços de Ater (Assistência Técnica e Extensão Rural) da Fundação Itesp, visando à geração de renda. Alimentos produzidos em quilombos podem compor a merenda escolar.