O índice de isolamento social caiu para 47%, na sexta-feira (15), no Estado de São Paulo. A taxa está há 11 dias abaixo de 55%, meta estipulada pelo governo estadual como a mínima necessária para considerar a flexibilização do fechamento do comércio não essencial.
Na semana passada, durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista, o coordenador interino do Centro de Contingência do Coronavírus no estado, Dimas Covas, detalhou quais são os principais critérios para um eventual afrouxamento das restrições, que estão em vigor desde 24 de março.
"Quando falamos que é necessário pelo menos 55% de afastamento social, é porque essa é a variável que interfere na taxa de contágio. Quanto maior o isolamento social, menor a taxa de contágio, mais rapidamente nós controlamos a epidemia. E o caso inverso, quanto menos obedecermos o afastamento social, maior será a taxa de contágio e, portanto, mais grave a epidemia e mais tempo vai durar, porque vai ter reflexos imediatamente no sistema de saúde", explicou Dimas Covas.
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O indicador é calculado pelo SIMI-SP (Sistema de Monitoramento Inteligente), viabilizado por meio de acordo com as operadoras de telefonia celular, apresenta dados referentes a 104 municípios, todos com mais de 70 mil habitantes. Os dados servem para aprimorar as medidas de isolamento social para enfrentamento à pandemia.
Rodízio na capital paulista
Mesmo com a ampliação do rodízio de veículos, a cidade de São Paulo segue registrando baixos índices de isolamento social. A medida, que foi implantada há seis dias pela Prefeitura, tem por objetivo contribuir com o aumento da taxa. Entretanto, ontem, estações do Metrô e da CPTM amanheceram lotadas.
A estação da Luz, na região central, por exemplo, registrou intensa movimentação de passageiros. A percepção, inclusive, foi confirmada pelo sistema de monitoramento do governo, indicando que a adesão ao isolamento foi de apenas 48% na cidade.