Dois anos depois do assassinato do estudante Felipe Ramos de Paiva no estacionamento da FEA-USP (Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo) — no dia 18 de maio de 2011 —, a iluminação do câmpus da capital, zona oeste, ainda não saiu do papel. A reitoria prometera a criação de um fórum de discussões sobre segurança, que está parado. Por causa das promessas não cumpridas, estudantes da FEA realizaram nesta segunda-feira (20), um ato em homenagem ao estudante, apagando as luzes da faculdade. Segundo o estudante Caio Callegari, de 20 anos, o convênio com a PM — assinado em setembro de 2011 — não foi suficiente para alterar a sensação de insegurança. — Nós apoiamos o convênio, mas só a assinatura se mostrou insuficiente. Ele é do Centro Acadêmico, que organizou o ato e também a realização de um fórum para debater o tema. O primeiro encontro ocorre em 6 de junho.Diretor de faculdade da USP diz que instalará catracas para aumentar segurançaRelembre outras mortes dentro da cidade universitária O sistema de iluminação da USP não tem previsão de instalação. O edital foi cancelado três vezes pelo TCE (Tribunal de Contas) por indícios de favorecimento. Após novo edital, a USP homologou como vencedora a mesma empresa apontada como favorecida. Uma das concorrentes já entrou na Justiça e também há recurso interno na reitoria aguardando resposta. A USP não detalhou os questionamentos, mas informou que tudo foi resolvido e as obras devem começar "em breve". Já o formato do fórum está em estudo. A PM não forneceu balanço das ações do convênio.