Aplicação de Botox na testa altera funções cerebrais que interpretam emoções
Estudo afirma que toxina pode impedir a pessoa de reproduzir expressões faciais dos outros, o que dificulta a compreensão de determinados sentimentos
Saúde|Do R7

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Irvine, em parceria com a farmacêutica AbbVie, constatou que pessoas que aplicam toxina botulínica — a marca mais conhecida é o Botox — na testa sofrem alterações que as fazem ter dificuldade em interpretar as emoções de outras pessoas.
Em um artigo publicado na revista científica Nature, os pesquisadores resolveram atestar a percepção das emoções a partir da reprodução facial delas.
Para isso, eles recrutaram dez mulheres com idade entre 33 e 40 anos que deveriam avaliar as expressões felizes e zangadas de imagens que foram mostradas antes e após a aplicação da toxina botulínica enquanto realizavam sessões de ressonância magnética.
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Durante a primeira parte do experimento, de 4 a 14 dias antes do procedimento, as mulheres analisaram as fotos, e os especialistas notaram a ativação da amígdala (parte do cérebro responsável pelo processamento de emoções) e do processo de giro fusiforme, que faz o reconhecimento dos rostos.
Na segunda parte, realizada entre 13 e 23 dias após a aplicação do Botox na testa, os pesquisadores constataram que, ao olhar as imagens, houve uma mudança no funcionamento da amígdala e no processo de giro fusiforme, diante da incapacidade de franzir o cenho, por exemplo, e refletir a expressão, como um espelho — o que ajudaria a entender o sentimento do outro.
"O efeito de feedback facial afirma que, quando contraímos ou flexionamos os músculos relevantes para criar uma expressão emocional (por exemplo, feliz ou zangada), isso pode ajudar a identificar e experimentar a emoção refletida", diz o estudo.
Dessa forma, a resposta muscular facial — paralisada pelo Botox — ajudaria no processamento neural da interpretação da emoção do outro.
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O mês de dezembro é marcado pela prevenção ao câncer mais incidente no Brasil, o de pele. O tipo mais frequente no país é o carcinoma basocelular, considerado pouco agressivo, seguido do carcinoma espinocelular (não tão agressivo, mas que pode evoluir para metástase) e do melanoma — origina-se nas pintas e é o mais perigoso. Para ter um tratamento curativo e mais simples em qualquer um dos casos, o indivíduo deve estar atento aos primeiros sinais da doença. No caso dos carcinomas basocelular e espinocelular, há lesões avermelhadas e elevadas que parecem verrugas e espinhas, mas não coçam nem doem. O melanoma, por sua vez, deixa a pinta com formato irregular e com múltiplas cores, e pode coçar, machucar e sangrar. Estar atento a esses sinais é essencial, mas as pessoas também devem conhecer o que é mito ou verdade sobre a doença




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"Por
isso, é fundamental o uso do filtro solar. Isso [também] vale para chapéus e bonés. Esses acessórios protegem apenas parcialmente contra a luz solar", diz o dermatologista](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/RGALVCCSNRJCJPEC52ASBYMOEA.jpg?auth=ef6b1f581b3936c14c3b236edd86b50f80a7db2c1749c8e9f8fa3773cb7878dd&width=1500&height=1000)
