Cães farejadores são treinados para detectar pessoas com covid-19
Um único animal pode fazer a avaliação de até 250 pessoas em apenas uma hora; pesquisadores coletam odores de 3.200 pares de meia
Saúde|Guilherme Carrara, do R7*
Um grupo de pesquisadores do Reino Unido está treinando cachorros para farejar a covid-19. O objetivo é detectar a doença sem a necessidade de um contato físico tão próximo com possíveis casos da doença.
Segundo a empresa Medical Detection Dogs, uma vez que o cachorro é treinado, ele pode ser levado até um aeroporto ou algum centro de aglomerações para começar os testes. Um único animal pode sentir o cheiro de 250 pessoas por hora.
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"Poderíamos detectar uma colher de açúcar em uma xícara de chá, mas um cachorro poderia detectar uma colher de açúcar em duas piscinas olímpicas", diz o professor James Logan, chefe do departamento de controle de doenças da Escola de Higiene de Londres e Medicina Tropical, ao jornal The Guardian.
O cachorro não tomará a decisão final sozinho sobre a saúde de uma pessoa. Após a análise, uma equipe de saúde precisa fazer o teste para ter um diagnóstico mais preciso. "No momento, não há outra maneira de rastrear rapidamente pessoas assintomáticas”, explica Logan
Segundo a empresa, os cães não são expostos a qualquer tipo de material infectado durante o treinamento e destaca que existem evidências científicas que mostram que cães não são suscetíveis a contaminação pelo vírus e o risco para eles é muito baixo.
Os estudos começaram com Asher, um cachorro da raça cocker spaniel que chegou à organização após passar por vários donos e não conseguirem ficar com ele por sua hiperatividade.
O treinamento é semelhante ao feito com cachorros para ajudar a identificar drogas e explosivos. Atualmente, a pesquisa cota com 6 cães e eles estão em fase de coleta de amostras para identificarem os cheiros da covid-19.
O projeto para identificar a covid-19 está na fase de coleta de amostras. Meias esterilizadas de nylon, que ficam facilmente com os odores corporais, e máscaras faciais foram enviadas para cerca de 3.200 funcionários do NHS. Esses materiais serão usados por um determinado período antes de serem devolvidos aos pesquisadores para análises.
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