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Casos de intoxicação alimentar crescem no verão. Veja como evitar

Petiscos, principalmente de frutos do mar, comprados na praia podem colocar a saúde em risco, alerta especialista

Saúde|Aline Chalet*, do R7


Alimentos expostos estão mais sujeitos a contaminação
Alimentos expostos estão mais sujeitos a contaminação

Nesta época do ano, em que muitos brasileiros variam a alimentação, especialmente comendo fora de casa, aumenta o risco de contrair uma infecção por conta de algum ingrediente contaminado.

É a famosa intoxicação alimentar, que pode causar infecção e em casos mais graves evoluir para infecção generalizada, afirma o gastrocirurgião Eduardo Grecco, membro da ABE (Association for Bariatric Endoscopy).

A intoxicação alimentar acontece devido a contaminação dos alimentos por bactérias, vírus e substâncias tóxicas.

“O mais comum são as bactérias”, afirma Grecco. Shigella e salmonela são as que, normalmente, se proliferam em alimentos. A e.coli é uma bactéria presente no intestino dos seres humanos, a contaminação acontece por falta de higiene das mãos.

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Um terceiro tipo de intoxicação comum é a causada pela toxina botulínica, que está presente na embalagem dos alimentos. “Latinhas amassadas e tampa da embalagem de palmito enferrujada são os casos mais comuns”, explica o gastrocirurgião.

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No verão os casos são mais frequentes. É importante tomar cuidado com frutos do mar e peixes vendidos na praia.

“Precisam estar bem refrigerados. A pessoa pode preparar em casa e leva em um isopor com gelo. O alimento aguenta cerca de quatro horas dessa maneira”, sugere o médico.

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Quando for comer fora Grecco indica que verifique o ambiente do restaurante. Em caso de bufês e self-service, o local onde as comidas ficam expostas precisa ser refrigerado. 

“Precisamos estar atentos às carnes cruas e malpassadas, derivados de leites e ovos. Maionese e sushi no bufê são os principais vilões”, afirma.

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O gastrocirurgião explica que as bactérias morrem quando são expostas a altas temperaturas, porém podem voltar a se proliferar se continuarem em temperatura ambiente de maneira inadequada. 

O limão e o vinagre podem ajudar a conservar os alimentos por mais tempo, já que criam um ambiente ácido que não permite a proliferação das bactérias.

“Se já estiver contaminado, não vai adiantar, mas pode ajudar a não contaminar. Pode colocar [o limão] na salada, no peixe e no camarão”, explica.

Por outro lado, as bebidas alcoólicas podem prejudicar o quadro caso aconteça uma intoxicação.

“O álcool que capaz de matar bactérias é o puro, usado para limpeza. Como as bebidas alcoólicas desidratam, elas vão piorar a situação do paciente”, afirma.

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Ceias de fim de ano

Sobras da ceia devem ser guardadas na geladeira
Sobras da ceia devem ser guardadas na geladeira

Grecco alerta que nas ceias de final de ano é importante ficar atento ao tempo de exposição do alimento.

“Aqui no Brasil faz muito calor, o ideal é servir a mesa na hora de comer. Pode colocar os alimentos secos como farofas, frutas secas e castanhas antes e as carnes, maioneses, salpicões e purês manter na geladeira”, sugere.

Além disso, ele ressalta que comidas que sobram devem ser guardadas na geladeira por no máximo 48 horas ou congeladas por até 30 dias.

“O ideal é congelar em pequenas porções, depois que descongela não pode congelar de novo, esse alimento já vai estar muito propenso a estragar”, explica.

Febre e diarreia

Apesar de causada por agentes diferentes, os sintomas da intoxicação alimentar são praticamente os mesmos em todos os casos: diarreia, febre, dor abdominal, náuseas e vômito. 

“Se o caso é grave ou mais leve vai depender da quantidade de alimento contaminado ingerido e do sistema imunológico do paciente. Em crianças e idosos costuma ser mais sério”, afirma.

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Se diarreia persistir, é necessário ir ao médico
Se diarreia persistir, é necessário ir ao médico

Sempre que a diarreia persistir (a partir da segunda vez) é necessário ir ao médico para que ele diagnostique a gravidade do caso. “O tratamento envolve hidratação, repouso e remédio para os sintomas, como analgésicos. Mas tem casos que é necessária internação, principalmente quando tem infecção”, explica.

O gastrocirurgião orienta que se a diarreia não estiver muito intensa, o ideal é não tomar remédio para interrompê-la.

“Muitos pacientes pedem remédio para parar. A diarreia costuma durar entre quatro e cinco dias, e é importante ter paciência. Só ministramos remédios que interrompem quando está muito intensa e o risco de desidratação aumenta”, afirma.

Segundo Grecco, enquanto a pessoa não chega no hospital é importante manter a hidratação. “Muita água, isotônicos e soro caseiro para crianças”, afirma. O soro é feito com uma pitada de sal e uma colher de chá de açúcar para um litro de água.

*Estagiária do R7 sob supervisão de Fernando Mellis

Saiba o que leva à intoxicação alimentar e como previni-la:

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