Cidade do Rio teve mais de 1.200 casos de mpox desde 2022
Causada pelo vírus monkeypox, a doença pode causar sintomas como erupções na pele, febre, dor de cabeça e dores musculares
Saúde|Do R7, com informações da Agência Brasil
Desde 2022, a cidade do Rio de Janeiro registrou 1.266 casos de mpox, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Apenas este ano, foram 119 casos da doença, sendo 7 no mês de agosto. Para efeito de comparação, os casos apresentaram uma redução de 85% entre 2022 e 2023, quando a cidade teve 1.005 e 142 casos, respectivamente. No período, não foram notificadas mortes por mpox.
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Causada pelo vírus monkeypox, a doença pode se espalhar entre pessoas e, ocasionalmente, do ambiente para pessoas, através de objetos e superfícies que foram tocados por um paciente infectado. Em regiões onde o vírus está presente entre animais selvagens, a doença também pode ser transmitida para humanos que tenham contato com os animais infectados.
Entre os sintomas, o mais comum é a erupção na pele, semelhante a bolhas ou feridas, que pode durar entre duas e quatro semanas. O quadro apresentar, ainda, febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, apatia e gânglios inchados. A erupção cutânea pode afetar o rosto, as palmas das mãos, as solas dos pés, a virilha, as regiões genitais e/ou anal.
As lesões, que variam de uma a milhares, também podem ser encontradas em outras regiões como boca, garganta e olhos. Algumas pessoas desenvolvem ainda inflamação no reto, que pode causar dor intensa, além de inflamação dos órgãos genitais, provocando dificuldade para urinar.
Embora algumas pessoas apresentem sintomas menos graves, outras podem desenvolver quadros mais sérios e necessitar de atendimento em unidades de saúde.
O vírus se espalha de pessoa para pessoa por meio do contato próximo com alguém infectado, incluindo falar ou respirar próximos uns dos outros, o que pode gerar gotículas ou aerossóis de curto alcance; contato pele com pele, como toque ou sexo vaginal/anal; contato boca com boca; ou contato boca e pele, como no sexo oral ou mesmo o beijo na pele. Durante o surto global de 2022/2023, a infecção se espalhou sobretudo por via sexual.
Casos de mpox no Brasil
O Brasil registrou do começo do ano até 24 de agosto 836 casos confirmados ou prováveis de mpox. Deles, 51,5% foram no estado de São Paulo (427 casos) e 23,6%, no do Rio de Janeiro (195). Isso significa dizer que três em cada quatro pessoas contaminadas no Brasil foram diagnosticadas com a doença em hospitais paulistas ou cariocas.
Minas Gerais vem depois, com 50 casos (6%), seguido pela Bahia, com 36 casos (4,2%). Goiás e o Distrito Federal estão empatados em quinto lugar, com 17 casos cada. Até o momento, cinco estados não registraram nenhum caso da doença: Roraima, Amapá, Tocantins, Maranhão e Piauí. Os dados são do Ministério da Saúde (leia mais aqui).