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Com adoçantes contraindicados pela OMS, o que colocar no cafezinho?

Uso de açúcar, especialmente refinado, deve ser moderado e nunca ultrapassar o equivalente a sete colheres de chá em um dia

Saúde|Do R7


Açúcar livre precisa ser consumido com moderação
Açúcar livre precisa ser consumido com moderação

A nova diretriz da OMS (Organização Mundial da Saúde) que contraindica o uso de uma série de adoçantes, exceto a pessoas diabéticas, deixou muita gente frustrada.

A agência alega que há evidências científicas de que esses produtos são ineficazes para a perda de peso, além de oferecerem "potenciais efeitos indesejáveis do uso prolongado, como um risco aumentado de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e mortalidade em adultos".

Mas, no dia a dia, não é todo mundo que consegue tomar um cafezinho amargo. Quais seriam, então, as alternativas?

Primeiro, é essencial entender que o chamado açúcar livre (aquele que é adicionado a um alimento) pode ser consumido, desde que com moderação.

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Segundo o NHS (Serviço Nacional de Saúde, do Reino Unido), adultos não devem ingerir mais do que 30 g de açúcares livres por dia, o que equivale a aproximadamente sete colheres de chá.

A OMS é um pouco mais flexível e estabelece como limite 12 colheres (50 g).

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Segundo o Ministério da Saúde, os brasileiros consomem diariamente, em média, 18 colheres de chá de açúcar livre (80 g).

"Desse total, 64% correspondem aos açúcares adicionados a alimentos e bebidas. O restante do consumo é o açúcar presente em alimentos processados e ultraprocessados", diz a pasta.

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Deve-se considerar, portanto, além do que se coloca no cafezinho, o que já está em outros alimentos que consumimos normalmente, como bolos, biscoitos, bebidas adoçadas, chocolates etc.

No rótulo dos alimentos, é possível encontrar a quantidade total de açúcares.

Já a frutose, a glicose e a lactose, por exemplo, são açúcares naturais presentes em frutas, vegetais, grãos e laticínios que consumimos no dia a dia. Essas fontes são as mais indicadas, já que são absorvidas mais lentamente pelo organismo, sem causar picos glicêmicos.

O açúcar de mesa — aqui no Brasil feito a partir da cana-de-açúcar — é a sacarose, composto de uma molécula de frutose e uma de glicose.

Dentre os açúcares, o que mais preocupa é o refinado, pois seu processo de produção remove os nutrientes e as fibras presentes na cana-de-açúcar, o que faz com que ele seja uma fonte de calorias vazias.

Vários estudos científicos já mostraram que o açúcar refinado aumenta o risco de a pessoa desenvolver obesidade e diabetes tipo 2, por causar picos de glicose no sangue. O consumo excessivo também é associado a problemas cardiovasculares e a cáries dentárias.

Uma opção ao açúcar refinado é o mascavo, que não é tão processado quanto o primeiro. Por essa razão, ele eleva gradualmente os níveis glicêmicos no sangue. Além disso, possui, ainda que em pequenas quantidades, nutrientes como cálcio, ferro, magnésio e potássio.

Outra opção é o açúcar demerara, que também tem um nível de processamento menor que o refinado, mas não mantém tanto melaço quanto o mascavo e, portanto, é mais claro.

O açúcar de coco tem efeito semelhante, pois possui baixo teor glicêmico. Assim como os demais, não deve ser usado em excesso. 

A Cleveland Clinic, nos Estados Unidos, sugere o uso do mel como adoçante, mas também com moderação, devido a seu alto valor calórico. 

O mel é um alimento rico em oligossacarídeos prebióticos, que ajudam a flora intestinal, além de ter vitaminas E, C e minerais. Não deve, todavia, ser dado a bebês, por poder ter esporos de bactérias do botulismo, o que representa um risco à saúde deles.

Uma estratégia para manter o açúcar do cafezinho é cortar o que está presente em outros alimentos.

Por fim, reduzir o consumo de produtos industrializados e optar por mais frutas e alimentos naturais é uma forma de ingerir menos açúcar. 

Cortar o açúcar totalmente da dieta não é recomendado. 

"Sem açúcar, nossos corpos devem encontrar fontes alternativas de energia. Então, eles usam corpos cetônicos [substâncias produzidas pelo fígado] como combustível — basicamente, o corpo entra em modo de fome. Uma dieta sem carboidratos ou açúcares pode causar “gripe cetogênica”, com sintomas como dor de cabeça, fadiga e nevoeiro cerebral", alerta a Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, nos EUA.

Adoçantes

As substâncias contraindicadas pela OMS foram: 

• acessulfame de potássio

• aspartame

• advantame

• ciclamato

• neotame

• sacarina

• sucralose

• estévia

• derivados de estévia

A avaliação da OMS não considerou uma categoria de adoçantes chamada de polióis, que incluem o eritritol e o xilitol.

Um estudo recente relacionou o eritritol a taxas mais altas de ocorrência de ataques cardíacos e AVC. Segundo os pesquisadores, a correlação entre ambos se daria pelo aumento da probabilidade de formação de coágulos sanguíneos.

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