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Conheça os perigos e as consequências da picada de escorpião

Com a chegada dos meses quentes, é importante saber os riscos e adotar as medidas de prevenção para evitar acidentes

Saúde|Do R7


Foram registrados mais de 154 mil acidentes em 2021
Foram registrados mais de 154 mil acidentes em 2021

Parentes das aranhas e dos carrapatos, os escorpiões são animais peçonhentos cuja picada pode causar sérios problemas à saúde, sendo importante se informar sobre os riscos e adotar as medidas de prevenção.

Dados do Ministério da Saúde mostram que, em 2021, foram registrados mais de 154 mil acidentes por picada de escorpião no Brasil.

Algumas espécies estão adaptadas ao ambiente urbano e se multiplicam nos grandes centros. O escorpiões podem causar acidentes em qualquer estação do ano, inclusive no inverno.

Mas, no verão, a atenção deve ser redobrada, pois o clima úmido e quente favorece o aparecimento desses animais, que se abrigam em esgotos e entulhos.


"O escorpião também causa mortes em adultos, mas a proporcionalidade de mortes entre crianças é muito maior, de seis a oito vezes mais alta [em relação aos adultos]. Por isso a nossa preocupação", disse Carlos Roberto de Medeiros, gerente médico do Ceatox (Centro de Assistência Toxicológica) do Instituto da Criança do HCFMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP), ao R7 em fevereiro de 2022.

Veja as quatro principais espécies que existem no Brasil

• Escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) - encontrado em todas as regiões do país. É o que mais preocupa, por ser considerado o mais venenoso. Tem reprodução do tipo partenogenética, ou seja, as fêmeas procriam sem precisar que os machos as fecundem;


• Escorpião-marrom (Tityus bahiensis) - encontrado na Bahia e em algumas regiões do Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil;

• Escorpião-amarelo-do-nordeste (Tityus stigmurus) - também procriam sem a necessidade de um macho. É a espécie mais comum no Nordeste do Brasil, apresentando alguns registros nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina;


• Escorpião-preto-da-amazônia (Tityus obscurus) - o principal causador de acidentes e óbitos por picadas de escorpião na região Norte e no estado de Mato Grosso.

Sinais e sintomas

Quando há picada por escorpião, a dor é imediata em praticamente todos os casos, além da sensação de formigamento, vermelhidão e suor no local.

Após alguns minutos ou horas, principalmente em crianças, que são mais vulneráveis ao envenenamento, podem aparecer outros sintomas, como tremores, náuseas, vômitos, agitação incomum, produção excessiva de saliva, hipertensão, entre outros.

Todos os escorpiões são venenosos, e os riscos aumentam conforme a quantidade de veneno injetado e em quão nocivo o veneno de cada espécie é para o corpo humano.

Segundo o Ministério da Saúde, os casos leves, que não necessitam da aplicação do antiveneno, representam cerca de 87% do total de acidentes. O soro antiescorpiônico é disponibilizado apenas nos hospitais de referência do SUS (Sistema Único de Saúde).

As unidades médicas especializadas nesse atendimento em São Paulo estão disponíveis neste link.

"O veneno do escorpião, assim como o de outros animais peçonhentos, tem uma série de toxinas. Mas a principal ação no escorpianismo grave é o que chamamos de neurotoxinas, que bloqueiam canais de sódio e de potássio, presentes em fibras excitáveis, principalmente no sistema nervoso. Isso causa uma liberação de neuro-hormônios e age no corpo inteiro", alertou Medeiros.

Medidas de prevenção

Os escorpiões que habitam no meio urbano se alimentam principalmente de baratas, portanto, são comuns em locais com acúmulo de lixo. São animais que não atacam, mas se defendem quando ameaçados. Para evitar encontros indesejados, é importante:

• Manter lixos bem fechados, para evitar baratas, moscas e outros insetos que sejam alimento dos escorpiões;

• Manter jardins e quintais limpos. Evitar acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico e materiais de construção nas proximidades das residências;

• Em casas e apartamentos, utilizar soleiras nas portas e janelas, telas em ralos do chão, pias e tanques;

• Afastar camas e berços das paredes;

• Evitar que roupas de cama e mosquiteiros encostem no chão.

O Ministério da Saúde não recomenda a utilização de produtos químicos (pesticidas) para o controle de escorpiões. Esses produtos, além de não possuírem, até o momento, eficácia comprovada para o controle do animal em ambiente urbano, podem fazer com que eles deixem seus esconderijos, aumentando o risco de acidentes.

Fonte: Ministério da Saúde

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