Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Covid-19: compare a vacina de Oxford com a CoronaVac

Ambas serão produzidas no Brasil, a vacina de Oxford pela Fiocruz, no Rio, e a CoronaVac pelo Instituto Butantan, em São Paulo

Saúde|Do R7

Voluntária recebe injeção durante os testes da CoronaVac, no Instituto Butantan
Voluntária recebe injeção durante os testes da CoronaVac, no Instituto Butantan Voluntária recebe injeção durante os testes da CoronaVac, no Instituto Butantan

A CoronaVac, desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac, e a vacina de Oxford, pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, serão produzidas no Brasil. A primeira pelo Instituto Butantan, em São Paulo, e a segunda pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio de Janeiro. Veja, a seguir, as características de cada uma.

Eficácia e segurança

CoronaVac: sua eficácia é de 50,38%. A taxa significa que cerca de metade da população vacinada, caso venha a desenvolver a doença, terá apenas sintomas muito leves, que não precisam de atendimento médico. Além disso, o imunizante é 100% eficaz para impedir casos graves e moderados - aqueles necessitam de UTI e hospitalização. A porcentagem é de 78% para evitar casos leves, os que precisam de atendimento ambulatorial. O imunizante se mostrou seguro, com efeitos adversos mínimos e já esperados.

Vacina de Oxford: tem eficácia média de 70,4% para proteger contra a covid-19 e "perfil de segurança aceitável", de acordo com uma análise preliminar dos resultados da última fase de testes em humanos publicada na revista científica Lancet. A proteção foi de 62,1% para os voluntários que receberam duas doses completas do imunizante e subiu para 90% entre aqueles que receberam meia dose seguida de uma dose completa no intervalo de um mês. Nenhum dos voluntários imunizados apresentou quadro grave de covid-19

Vantagens

CoronaVac:

Publicidade

- O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello assinou um acordo com o Instituto Butantan para a compra de totalidade da produção da CoronaVac, que será usada em todo o SUS (Sistema Único de Saúde

- Conhecimento e confiabilidade: a ciência já trabalha há muito tempo com vacinas de vírus inativados, por isso já´tem domínio sobre como produzi-las e não será surpreendida por eventuais problemas que venham a acontecer

Publicidade

- Facilidade de armazenamento e distribuição, já que pode ser conservada em temperaturas de geladeiras comuns

Vacina de Oxford usa a tecnologia de vetor viral não replicante
Vacina de Oxford usa a tecnologia de vetor viral não replicante Vacina de Oxford usa a tecnologia de vetor viral não replicante

Vacina de Oxford:

Publicidade

- O Brasil já fechou acordo que garante doses importadas da vacina e também a transferência de tecnologia para a produção em território nacional. O governo federal deve receber 100 milhões de doses da vacina de Oxford até julho de 2021. Para o segundo semestre, estão previstas 160 milhões de doses produzidas pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

- Facilidade de armazenamento e distribuição, já que pode ser conservada em temperaturas de geladeiras comuns

- Custo baixo no Brasil, que ficaria en torno de R$ 12 por dose. Em contrapartida, por exemplo, estimativas da Moderna apontam que o preço da dose deve ser em torno de R$ 170 e da Pfizer é de quase R$ 110

Desvantagens

CoronaVac:

- Fabricação é mais demorada e requer uma planta industrial mais equipada

- Formulação não rende muito em doses por litro

Vacina de Oxford:

- Compreender o mecanismo de imunização do produto a longo prazo, pois ainda não existe nenhuma vacina aprovada no mundo que utiliza a tecnologia de vetor viral não replicante

- Maior intervalo de tempo para alcançar a proteção de 70%. "O tempo para ficar de fato imune seria um pouco maior do que o de outras vacinas, pois o intervalo entre as doses é de 3 meses. Então, para estar de fato imune, deve levar pelo menos mais duas a três semanas, sendo, portanto, um intervalo de 4 meses entre iniciar a vacinação e estar plenamente protegido", esclareceu infectologista Rosana Richtmann, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, em entrevista ao R7

Tecnologia usada

 CoronaVac: vírus inativado. Isso significa que a vacina tem em sua composição o novo coronavírus morto a partir de processos físicos e químicos. Assim, o vírus não consegue se replicar, mas sua presença no organismo faz com que o sistema imunológico reaja. Essa técnica é tradicional, usada, por exemplo, nos imunizantes contra a gripe e hepatite A.

Vacina de Oxford: vetor viral não replicante. O imunizante utiliza um adenovírus que normalmente causa resfriado comum em chimpanzés e foi geneticamente modificado. Ele serve de veículo para levar fragmentos do novo coronavírus considerados importantes para ativar o sistema imune, dentre elas a proteína spike, que possibilita a entrada do vírus da covid-19 nas células.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.