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Fiocruz: transmissão do coronavírus mantém ritmo de queda no Brasil

Observatório Covid-19, todavia, ressalta que há instabilidade na notificação de casos leves, o que pode afetar interpretações

Saúde|Do R7

Movimentação na região da rua 25 de Março, no centro de São Paulo
Movimentação na região da rua 25 de Março, no centro de São Paulo Movimentação na região da rua 25 de Março, no centro de São Paulo

Um boletim extraordinário do Observatório Covid-19 da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), publicado na quarta-feira (20), destaca que o Brasil se mantém em um ritmo de queda dos novos casos da doença, assim como de internações e mortes.

Os pesquisadores alertam, no entanto, sobre instabilidades nos dois sistemas do Ministério da Saúde que notificam casos leves de Covid-19: o e-SUS e o Sivep-Gripe.

"Isso se reflete na divulgação de um número abaixo do esperado durante algumas semanas, seguida de um número excessivo de notificações, o que pode gerar interpretações equivocadas sobre as tendências locais da pandemia e a tomada de decisões baseadas em dados incompletos. A irregularidade do fluxo de notificação deve ser levada em conta e serve como alerta para as consequências de decisões, por vezes, inoportunas ou baseadas em dados incompletos e atrasados", afirmam.

Na semana passada, a média diária foi de 10.200 novos casos e 330 mortes por Covid-19, segundo o relatório. "Esses valores correspondem a uma queda abrupta do número de casos (4,8% ao dia) e do número de óbitos (3,6% ao dia). Considerando a série histórica desses indicadores, os novos dados representam a manutenção da tendência de redução dos impactos da Covid-19 no país", salienta a Fiocruz.

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A ocupação dos leitos de UTI destinados a casos de Covid-19 no SUS está abaixo de 54% em 25 unidades da Federação. Apenas o Distrito Federal está em nível crítico, com 80%. O Espírito Santo está em alerta médio, com 71%.

No caso do DF, a Fiocruz explica que o governo local "vem gerenciando a retirada de leitos de UTI dedicados à Covid-19 há várias semanas, e parece haver algum controle sobre a taxa, apesar do nível elevado".

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Por fim, os pesquisadores destacam que o Brasil ainda não venceu a pandemia e que a vacinação é peça fundamental nesse processo, bem como a adoção do passaporte vacinal.

"Ratificamos a preocupação com a possibilidade de reveses, apesar da melhora consistente que temos observado no quadro pandêmico. O vírus não deixa de circular por decreto, e a falsa impressão de que já vencemos a pandemia, com a flexibilização de medidas que protegem contra a transmissão do vírus, pode retardar o controle mais definitivo da epidemia e remete à necessidade de continuarmos vigilantes sobre a Covid-19."

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