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Gravidez ectópica: desconforto e dores podem ser sinais de gestação nas trompas

Especialistas explicam como problema ocorre e as consequências para mulher

Saúde|Do R7*

Os sintomas são sangramento, desconforto,e dor logo no início da gestação
Os sintomas são sangramento, desconforto,e dor logo no início da gestação Os sintomas são sangramento, desconforto,e dor logo no início da gestação

Já ouviu falar em gravidez ectópica? A situação ocorre quando a gestação ocorre fora do útero da mulher e acomete 1% das mulheres. Em quase todos os casos (98%) ocorre nas trompas de falópio, por isso, também é conhecida como gravidez tubária. Conforme a gestação vai se desenvolvendo, podem aparecer dores, sangramentos e se a mulher não identificar a tempo, pode sofrer hemorragia interna.

Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2016 foram registradas 9.411 internações por causa da gravidez ectópica. Em 2015, das 8.914 internações, 35 mulheres vieram a óbito.

De acordo com o ginecologista e especialista em reprodução humana Márcio Coslovsky, a gravidez tubária ocorre porque há o estreitamento da trompa causado por alguma doença inflamatória pélvica (DST - doenças sexualmente transmissíveis) que não foi diagnosticada ou não tratada corretamente ou por endometriose.

— O embrião não vai para o útero e começa a se multiplicar naquele local estreito até algum momento que ele rompe a trompa. Esse é um quadro é de emergência aguda e antigamente já causava a morte das mães. Hoje em dia, a mulher só morre se estiver em um lugar sem acessibilidade a um hospital. Em uma grande cidade, mesmo que ela esteja em um quadro de hemorragia, ainda dá tempo de salvar a vida dela.

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Os sintomas são sangramento, desconforto e dor logo no início da gestação, explica o especialista.

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— Caso a mulher sinta algum desses sintomas na gestação, deve procurar ajuda médica. O diagnóstico é realizado por meio do exame de beta HCG, que mede o nível de hormônio da gravidez, e por ultrassom.

Como é retirado o embrião?

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Coslovsky explica que a retirada do embrião e até mesmo a trompa (caso ela esteja danificada) pode ser por uma cirurgia de laparoscopia ou por “processo medicamentoso. Porém, a segunda opção só é possível se o diagnóstico for muito rápido e preciso”.

Os procedimentos cirúrgicos relacionados à gravidez ectópica, incluindo exames de ultrassom e o beta HCG são ofertados pelo SUS (Sistema Único de Saúde). As cirurgias podem ser realizadas em todos as unidades do SUS que ofereçam cirurgias obstétricas e ginecológicas.

Fatores de risco e prevenção

Mulheres tabagistas, que já fizeram cirurgias nas trompas, como a laqueadura, que já tiveram uma gravidez ectópica e mulheres que usam DIU (raramente falha), têm maior risco de ter uma gravidez ectópica, segundo diz Rossana Pulcineli Francisco, coordenadora científica de obstetrícia da Sogesp (Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo).

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Infelizmente, até hoje, não existe forma de prevenção contra gravidez ectópica, diz o especialista em reprodução humana.

— Pode-se testar a trompa antes da gravidez para saber se ela está comprometida ou não, mas ninguém faz isso. Nós fazemos porque lidamos com pacientes estéreis. Mas na vida prática, a paciente vai ao ginecologista, ele não vai te pedir esse tipo de exame, e ele tem razão de não pedir, porque isso acomete 1%. Então, não tem prevenção.

Infertilidade

Caso a mulher perca as duas trompas, a única forma de engravidar é por meio da fertilização in vitro. Mas se apenas uma tiver sido danificado e retirada, a paciente pode engravidar normalmente, segundo Coslovsky.

— Se houver dano na trompa, ela precisa ser retirada, senão a mulher vai ter outra gravidez tubária. Tem 70% de chance de a segunda gravidez ser ectópica. Caso a mulher perca uma trompa, se a ela for jovem, engravida rapidamente com uma trompa só, mas quanto mais velha, mais difícil.

* Raquel Gamba, do R7

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