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Idosos afastam infelicidade mais facilmente do que jovens, diz estudo

Segundo pesquisa, pessoas mais velhas estão mais preocupadas com o presente, enquanto mais jovens se preocupam com o futuro

Saúde|Gabriela Lisbôa, do R7

Idosos são mais eficientes em afastar lembranças ruins
Idosos são mais eficientes em afastar lembranças ruins

Quanto mais velho, melhor? Parece que sim. Pelo menos no que diz respeito à felicidade. De acordo com um estudo norte-americano, pessoas idosas são mais eficientes na hora de afastar a infelicidade do que adultos mais jovens.

E o motivo está no cérebro. O dos mais jovens está voltado para a "hiper-vigilância" contra ameaças, ao contrário dos cérebros mais velhos, que experimentam o efeito oposto.

Os pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia descobriram que os cérebros das pessoas mais velhas tentam bloquear ameaças. Esse "efeito positivo" é o suficiente para impedir que memórias ruins sejam criadas.

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Em entrevista ao jornal The Times, Brittany Corbett, que liderou a pesquisa, explicou que à medida que uma pessoa envelhece, o cérebro começa a trabalhar para que exista um “bem-estar geral capaz de proteger a saúde mental, emocional”.

Ela disse também que idosos que se concentram mais em evitar a negatividade, aparentemente, vivem vidas mais felizes, têm melhor saúde e longevidade. “Os adultos mais velhos priorizam a sua saúde emocional de tal forma que o efeito acaba se espalhando por todo o organismo”, diz.


O estudo foi feito com 22 jovens adultos, com uma idade média de 23 anos, e outras 20 pessoas na faixa de 60 e 70 anos.

Os participantes foram convidados a entrar em um scanner de ressonância magnética, onde uma gravação de pneus gritando foi tocada para indicar que algo ruim iria acontecer.


Alternativamente, uma "sugestão neutra" de um som de vento também foi tocada para os participantes.

Após os clipes, eles receberam fotografias que mostravam cenas perturbadoras, como cirurgia sangrenta, tubarões e ferimentos a bala.

Os resultados do estudo publicado no site bioRxiv mostram que os idosos reagiam mal ao lembrar fotos desagradáveis e melhor em olhar para os neutros. Já as pessoas mais jovens experimentaram o efeito oposto.

Os pesquisadores também usaram experimentos de rastreamento ocular para medir as reações do grupo pesquisado e entender como eles lidam com experiências negativas.

Uma das descobertas, é que os mais velhos tentam evitar fotos desagradáveis.

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Outro ponto da pesquisa mostra que pessoas mais velhas são incapazes de recordar eventos indesejáveis e, quando recordam, isso acontece com menos intensidade e com menos detalhes.

A equipe de Corbett também descobriu que esse efeito já começa a acontecer antes do evento desagradável acontecer.

De acordo com Corbett, as descobertas do estudo, que não foram revisadas por outros pesquisadores, fazem sentido a partir de uma perspectiva evolucionária.

Para ela, à medida que o tempo passa, metas mais curtas e orientadas para o futuro, como busca de informações, são menos importantes. Em vez disso, metas orientadas para o presente, como viver uma vida feliz e ter boa qualidade de vida, são priorizadas.

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