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Lexa diz que tem alergia a alho. Saiba os sintomas e como lidar

Tipo de alergia é raríssimo e pode ser confundido com intolerância alimentar; intensidade dos sintomas da alergia depende de como organismo reage

Saúde|Deborah Giannini, do R7

A cantora Lexa tem que evitar alho, pois, segundo ela, tem alergia ao ingrediente
A cantora Lexa tem que evitar alho, pois, segundo ela, tem alergia ao ingrediente

A cantora Lexa, 24, revelou que tem alergia a alho no Programa da Maisa do SBT. Esse tipo de alergia é considerado raríssimo, mas é possível, segundo a alergologista Ariana Yang, do Departamento Científico de Alergia Alimentar da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia). 

"A alergia é uma reação do sistema imune contra uma proteína. O único alimento que não tem proteína é a água. Portanto, o corpo pode estranhar qualquer alimento", explica.

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Os sintomas da alergia vão variar de acordo com a "ferramenta" acionada pelo sistema imunológico. Se acionar os anticorpos IgE, os sintomas serão mais graves, podendo levar a uma reação anafilática e à morte. Mas, segundo a médica, quando não há participação desses anticorpos, os sintomas são mais brandos como desconforto gastrointestinal, náusea, vômito e coceira.


"A manifestação da alergia não depende do alimento, mas da ferramenta que o sistema imune escolhe para reagir. Vale também ressaltar que, na alergia, a gravidade não depende da quantidade de alimento ingerido, mas de quanto o IgE liberou de histamina, nome da substância que causa a alergia", afirma. 

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Ariana ressalta que ninguém nasce alérgico. A alergia está relacionada à desregulação do sistema imunológico e pode se manifestar em qualquer momento da vida. "A alergia envolve genética e microbiota. A microbiota faz a modulação da resposta imune para tudo que o sistema de defesa tem que interpretar", diz.

A médica explica que a microbiota muda de acordo com o que se come, com a ingestão de antibótico, estresse, poluição e atividade física. "A alergia depende de como está o sistema imune naquele exato instante. Há uma imprevisibilidade", afirma. 


Muitas vezes a alergia é confundida com intolerância alimentar. Mas Ariana ressalta que são problemas completamente diferentes. Segundo ela, a intolerância depende da quantidade do alimento ingerido e pode ser melhorada com tratamento da microbiota. O sistema imune não participa. Já a alergia independe da quantidade ingerida, trata-se da resposta do sistema imune a uma proteína e o tratamento consiste em evitar o alimento a que se tem alergia.

"Alergias leves podem ser confundidas com intolerância alimentar, pois apresentam sintomas semelhantes, que é o desconforto intestinal", diz.

O ideal é consultar um alergista para que ele chegue ao diagnótico correto. "Não são os sintomas que definem o que é alergia e o que é intolerância", destaca.

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Essa investigação engloba história do paciente e testes de alergia (de pele e de sangue), solicitados de acordo com o tipo de alergia. 

"O primeiro passo é confirmar se é realmente alergia. Caso seja, o tratamento será restrição total àquele alimento e atenção aos rótulos. Além disso, não basta saber se é alergia, é preciso saber qual tipo de alergia", aponta.

Segundo ela, quando se trata de uma alergia com participação de anticorpos IgE, haverá necessidade de portar adrenalina, que deverá ser aplicada em caso de emergência. "O tempo da reação e da morte pode ser de alguns segundos. É preciso aplicar a adrenalina dentro do primeiro minuto", orienta.

Alergias desenvolvidas na infância, mesmo graves com a participação de IgE, podem sumir espontaneamente até a adolescência, de acordo com a alergologista. Isso porque o sistema imune pode amadurecer a celulas TReg, que ensina o corpo que aquele alimento é bem-vindo. As alergias à leite, soja e trigo são as mais comuns na infância.

Já as alergias que surgem na fase adulta - geralmente à camarão, frutas, vegetais peixe, castanhas e amendoim - são mais persistentes, segundo ela. 

O tratamento de dessensibilização, que consiste na exposição ao alimento a que se tem alergia de forma gradativa e crescente, com acompanhamento médico, até o corpo aceitá-lo sem reagir a ele, é indicado quando a exposição acidental a esse alimento no dia a dia é quase impossível de ser garantida, segundo a médica, geralmente realizado a alérgicos a leite, a ovos ou à trigo. Esse tratamento pode ser feito e traz resultados em qualquer idade.

Intolerância ou alergia alimentar? Veja a diferença entre os problema: 

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