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Ministério planeja doses da Pfizer para vacinar crianças de 0 a 4 anos

A farmacêutica entrou com pedido de uso nos EUA, mas não deu data para que um processo semelhante seja protocolado no Brasil

Saúde|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Bebê recebe vacina de profissional da saúde
Bebê recebe vacina de profissional da saúde

A Pfizer/BioNTech pediu autorização de uso emergencial da vacina contra a Covid-19 em crianças de 6 meses de idade a 4 anos nos Estados Unidos. A solicitação foi feita junto à autoridade sanitária do país, a FDA (Food and Drug Administration), e ocorre em meio à pressão do próprio governo estadunidense para expandir a vacinação do público infantil diante do expressivo aumento de internações pediátricas em razão da explosão de casos da variante Ômicron. No Brasil, ainda não há previsão para iniciar um processo semelhante junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). 

A expectativa é que o pedido no Brasil seja feito depois que a FDA dê aval para a expansão do uso do imunizante da Pfizer em crianças, já que a entidade serviria como referência para avaliações da Anvisa. Nesse caso, como a solicitação é pelo uso emergencial, quem deve deliberar sobre o tema é a diretoria colegiada brasileira, com decisão formada por maioria simples.

Brasil

O Ministério da Saúde do Brasil já havia indicado a intenção de incorporar a vacina para o público de até quatro anos assim que aprovada pela Anvisa. Em documento enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal), no início do ano, a pasta reiterou que o contrato firmado com a farmacêutica prevê fornecimento de doses pediátricas assim que houver autorização da agência, bem como de vacinas atualizadas com a inclusão de proteção contra novas cepas.

No documento, o ministério diz ter sinalizado "que em relação à dispensação de vacinas para imunizar crianças de 0 a 4 anos e de 5 a 11 anos, tão logo a farmacêutica obtivesse autorização da Anvisa para imunização desta faixa etária, ela deveria priorizar as entregas para atender àqueles públicos".


Detalhes sobre o pedido

Para as crianças até quatro anos, a dosagem seria ainda menor do que as administradas atualmente. Cada dose conteria um décimo do previsto para a vacinação em adultos, enquanto nas crianças de 5 a 11 anos, a aplicação corresponde a um terço da destinada ao público de 12 anos ou mais. No pedido, a Pfizer prevê a utilização de duas doses, mas a farmacêutica estuda a necessidade de uma terceira aplicação, que ainda está em fase de estudo. 

Em comunicado divulgado nesta terça-feira (1º), a Pfizer afirma que planeja enviar dados adicionais sobre uma terceira dose nesta faixa etária nos próximos meses, mas que submete o pedido prevendo as duas doses "em resposta à urgência necessidade de saúde pública dessa população". 


"Se duas doses forem autorizadas, os pais terão a oportunidade de iniciar a vacinação contra a Covid-19 enquanto aguardam a potencial autorização de uma terceira dose", afirmou Albert Bourla, presidente e CEO (executivo-chefe) da Pfizer. Segundo ele, o objetivo principal é estar preparado para enfrentar futuros surtos, "fornecendo aos pais uma opção para ajudar na proteção de seus filhos contra o vírus". 

Nos Estados Unidos, 3,2% do total de internações por Covid-19 são de crianças menores de 4 anos. Atualmente, o país vive uma explosão de novos casos, com impacto no público pediátrico e aumento no número de hospitalizações da faixa etária. Desde o início da pandemia, mais de 10,6 milhões de crianças estadunidenses testaram positivo para a doença. 

Se a autorização for concedida, a vacina da Pfizer será a primeira disponíveis para aplicação em crianças a partir dos 6 meses de idade. "Estamos muito empolgados com o perspectiva de oferecer aos pais a oportunidade de ajudar a proteger seus filhos de 6 meses a 4 anos de idade da Covid-19 e das consequências potencialmente graves da infecção", disse Ugur Sahin, CEO e cofundador da BioNTech, empresa desenvolvedora da vacina junto à Pfizer. 

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