Surto de varíola do macaco

Saúde Nenhum paciente pegou varíola do macaco em meios de transporte, afirma agência de saúde dos EUA

Nenhum paciente pegou varíola do macaco em meios de transporte, afirma agência de saúde dos EUA

Centros de Controle e Prevenção de Doenças dizem que surto atual tem 'algumas características epidemiológicas diferentes da doença descrita' anteriormente

  • Saúde | Do R7

Infecção se dá por contato prolongado de pele, afirmam CDC

Infecção se dá por contato prolongado de pele, afirmam CDC

Dieu-Nalio Chery/Reuters

Os CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos emitiram, nesta segunda-feira (1º), novas recomendações sobre a varíola do macaco (monkeypox). O comunicado chama a atenção para uma dúvida que muitas pessoas levantam acerca da transmissão do vírus.

Segundo a agência de saúde, "até 15 de julho de 2022 a transmissão durante interações rápidas (como uma breve conversa), entre pessoas próximas e de longa duração (como passageiros sentados perto de uma pessoa com varíola do macaco em um avião) ou durante visita a serviços médicos, não foi relatada por nenhuma pessoa com varíola dos macacos".

A principal forma de transmissão naqueles países tem sido, de acordo com o comunicado, "o contato direto pele a pele, incluindo contato sexual e/ou íntimo".

Os CDC também chamam a atenção para o fato de o surto atual ter "algumas características epidemiológicas diferentes" da doença descrita anteriormente.

Nos Estados Unidos, assim como em boa parte do mundo, inclusive o Brasil, a maioria das pessoas com varíola do macaco é adulta e não precisou de hospitalização.

"Mortes ocorreram, mas são raras e ocorreram em indivíduos com condições subjacentes", ressalta a agência.

O Brasil registrou a morte de um paciente diagnosticado com varíola do macaco — a primeira fora da África — que tinha imunossupressão grave, incluindo câncer (linfoma).

Recomendações

Para as pessoas que tenham diagnóstico confirmado ou suspeita de infecção pelo vírus monkeypox, as recomendações dos CDC incluem:

• Isolar-se em casa desde o início dos sintomas, especialmente após o surgimento de lesões na pele.
• Evitar contato próximo ou físico com pessoas e animais.
• Cobrir as lesões e utilizar máscara bem ajustada ao rosto sempre que precisar se deslocar a um serviço médico.
• Não compartilhar itens como talheres, roupas de cama e toalhas.
• Evitar contato íntimo, incluindo sexual, com outras pessoas.
• Lavar frequentemente as mãos com água e sabão, especialmente após tocar nas erupções cutâneas.

O período de isolamento só pode ser suspenso quando todas as lesões tiverem secado e uma nova camada de pele nascido nas áreas afetadas. Em casos que transcorrem normalmente, esse período pode variar entre 15 e 28 dias.

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