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OMS pede resposta urgente da Europa ao aumento de casos de varíola do macaco

A Europa contabiliza cerca de 4.500 casos de varíola do macaco, três vezes mais do que em meados de junho

Saúde|Do R7


A OMS (Organização Mundial da Saúde) pediu nesta sexta-feira (1º) a adoção de medidas "urgentes" para conter a propagação da varíola do macaco na Europa, onde os casos triplicaram nas últimas duas semanas.

"É imperativa uma ação urgente e coordenada" nos próximos meses para evitar que a doença se espalhe "em áreas geográficas maiores", alertou o diretor regional da OMS para a Europa, Hans Henri Kluge, em comunicado.

De acordo com os dados mais recentes da agência da ONU, a Europa contabiliza cerca de 4.500 casos de varíola do macaco, três vezes mais do que em meados de junho.

Esse número corresponde a 90% dos casos registrados mundialmente desde meados de maio, quando a doença, até então considerada endêmica apenas em cerca de dez países africanos, começou a ser notificada na Europa.


Até agora, 31 países europeus registraram casos.

A varíola do macaco, ou ortopoxvírus símio, foi identificada em humanos em 1970 e é considerada menos perigosa que a varíola, da mesma família, erradicada em 1980.


No sábado (25), o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que o surto de varíola do macaco era uma ameaça à saúde muito preocupante, mas que no momento não representava uma emergência global de saúde pública.

Apesar desta decisão, "a evolução rápida e a natureza urgente deste evento significa que o comitê [de especialistas] vai reexaminar seu posicionamento em breve", informou a OMS Europa.


O Reino Unido tem o maior número de casos até o momento (1.076, segundo as autoridades britânicas), à frente de Alemanha (838), Espanha (736), Portugal (365) e França (350), de acordo com dados do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC).

A doença é transmitida por contato muito próximo, e 99% dos casos atuais dizem respeito a homens jovens (20 a 40 anos), segundo a OMS.

A agência da ONU recomendou aos países que intensifiquem a vigilância da doença, incluindo seu sequenciamento, e obtenham capacidade para diagnosticá-la e responder a ela.

A OMS também incentivou os países a se comunicarem com os grupos afetados e o público em geral.

Nesta sexta-feira, o laboratório dinamarquês Bavarian Nordic, o único a fabricar uma vacina já aprovada especificamente contra a varíola do macaco, anunciou uma nova entrega de 2,5 milhões de doses aos Estados Unidos.

Esse lote se soma a um primeiro pedido de 500.000 doses feito há algumas semanas pelas autoridades americanas. Nos Estados Unidos, a vacina é comercializada sob o nome de Jynneos, enquanto na Europa é chamada Imvanex.

Os sintomas da doença incluem febre, dor de cabeça, linfonodos inchados, dores musculares e falta de energia.

Em seguida, surgem erupções cutâneas no rosto, na palma das mãos e na sola dos pés, lesões, pústulas e, finalmente, crostas. Geralmente a doença se cura em cerca de três semanas.

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