Brasil vai comprar medicamentos com intermédio da Opas
Lorena - NotíciasO ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou nesta segunda-feira (1º) que o Brasil receberá o antiviral tecovirimat para tratar pacientes com a varíola do macaco. Em um primeiro momento, o medicamento será destinado aos casos mais graves da doença.
"O antiviral tecovirimat irá reforçar o enfrentamento ao surto de monkeypox no Brasil", publicou ele. Em postagem nas redes sociais, Queiroga disse que a compra será realizada por intermédio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). O ministro, no entanto, não informou a data de chegada das primeiras remessas ao país.
O Brasil já tem quase 1.400 pacientes infectados e o registro de uma morte em Belo Horizonte. Além disso, tem mais de 800 casos suspeitos.
Na sexta-feira, 29, o ministério confirmou a primeira morte por varíola do macaco registrada no Brasil. Trata-se de um paciente do sexo masculino, de 41 anos, com "imunidade baixa" e "comorbidades, incluindo câncer (linfoma)", que levaram ao agravamento do quadro, de acordo com a pasta.
Em São Paulo, a prefeitura confirmou o registro até o momento de três casos de varíola do macaco em crianças no município. São as primeiras notificações no público infantil. Conforme informou a Secretaria Municipal da Saúde, todas estão em monitoramento, sem sinais de agravamento.
Especialistas reforçam a importância de serem redobrados os cuidados com imunossuprimidos, crianças, grávidas e idosos. A transmissão do vírus põe em risco esses grupos considerados mais vulneráveis. Dessa forma, medidas preventivas e de conscientização devem ser reforçadas para reduzir a proliferação da doença.
No dia 23 de julho, a OMS (Organização Mundial da Saúde) decretou que a doença é uma emergência de saúde pública de caráter global. A entidade levou em consideração o cenário "extraordinário" da doença, que já chegou a mais de 70 países.
Especialistas e autoridades sanitárias do país e dos estados têm orientado as pessoas sobre como se prevenir, como se proteger do monkeypox e evitar o contato com um vírus para o qual ainda não há uma vacina disponível no Brasil.
O primeiro caso europeu foi confirmado em 7 de maio em um indivíduo que retornou à Inglaterra da Nigéria, onde a varíola do macaco é endêmica. Desde então, países da Europa e da Ásia, assim como Estados Unidos, Canadá e Brasil, confirmaram casos.
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