Meu bebê tem uma cardiopatia congênita. O que faço?
Anomalia é detectada em bebês e adultos e pode ser tratada. Veja como a maior empresa de saúde da América Latina atua na área de cardiologia
Rede DOr|Do R7 Conteúdo e Marca
Cerca de 1% dos recém-nascidos no mundo têm alguma cardiopatia congênita. Isso acontece quando o bebê nasce com alguma má formação cardiovascular.
Apesar de parecer um número pequeno, o cirurgião cardiovascular pediátrico Marcello Gomide faz o alerta: ”80% desses bebês com cardiopatia congênita terão que fazer alguma cirurgia ao longo da vida e metade deles já passarão por procedimento cirúrgico logo no primeiro ano”.
Por isso, esse é um problema de saúde que preocupa, e que precisa de atenção desde o pré-natal, mas também durante a infância e vida adulta.
Estamos falando sobre uma patologia muito abrangente, já que é possível detectá-la em várias formas e intensidades. Portanto, para um bom tratamento, é importante ter o apoio de um programa de cuidado especialista no assunto.
Cardiologia Rede D´Or
A Cardiologia D´Or é um programa de cuidado da Rede D´Or para tratamentos cardiológicos e conta com profissionais especializados e protocolos específicos para oferecer um dos melhores atendimentos do país.
As equipes de atendimento contam com cardiologistas, eletrofisiologistas, hemodinamisistas, cirurgiões, ecocardiografistas-fetal, ecocardiografistas, cardiologistas pediatras e neonatologistas especializados em cardiopatia congênita. Dessa maneira, a linha de cuidado é capaz de realizar o diagnóstico precoce, desde a fase intraútero até a vida adulta, e realizar o tratamento adequado, até mesmo com o suporte de um psicólogo.
A Rede D´Or conta com mais de 80 mil médicos extremamente capacitados e as maternidades em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte são referências nacionais quando o assunto é suporte a recém-nascidos diagnosticados com cardiopatia congênita. Alguns exemplos de sucesso de atendimento são a Perinatal (RJ) e São Luiz Star (SP).
A Perinatal é o maior centro de cirurgia cardiopediátrica do estado do Rio de Janeiro, sendo pioneiro no tratamento de algumas cardiopatias extremamente graves. Atualmente opera com média de 300 cirurgias por ano e taxa de sobrevida de 94%.
Diagnóstico no pré-natal
As cardiopatias congênitas podem ter diversas causas, já que envolvem questões genéticas e hábitos maternos (alcoolismo e tabagismo, por exemplo), explica Vivian De Biase, cardiologista da Rede D´Or em São Paulo.
Infelizmente, as cardiopatias congênitas são uma das grandes causas de mortes neonatais no Brasil e, por isso, é importante obter o diagnóstico precoce para aumentar as chances de sobrevivência.
O ecocardiograma fetal é o exame indicado para o diagnóstico de cardiopatia congênita ainda no útero. A recomendação é que esse exame seja realizado próximo à vigésima semana de gestação.
Se for identificada alguma má formação cardiovascular no feto, o médico vai analisar qual o melhor plano de parto e se há necessidade de a criança passar por uma cirurgia cardíaca.
Em algumas situações, pode ser realizada uma cirurgia antes mesmo do nascimento, a chamada cirurgia intrauterina. Em outros casos, a recomendação pode ser a cirurgia logo após o nascimento.
Entre os especialistas do país que são referência em medicina fetal está o cirurgião Fábio Peralta, que atua na Maternidade São Luiz Star e é especialista em gestação de alto risco, e Ricardo Sá, Coordenador Geral do Centro de Diagnóstico Perinatal.
Cardiopatia congênita em recém-nascidos
Além do ecocardiograma fetal, é importante fazer o “teste do coraçãozinho”, que consiste em medir a oxigenação dos membros de todo recém-nascido (pés e mãos) nas primeiras 24/48 horas de vida, antes de sua alta da maternidade. Dessa forma é possível detectar cardiopatias complexas assintomáticas que podem levar o bebê a óbito.
Jefferson Magalhães, chefe da equipe cirúrgica da unidade Perinatal Barra (RJ), explica a importância desses exames. “O ideal é que toda gestante com bebê portador de cardiopatia congênita tenha seu parto em um centro especializado para receber um tratamento específico e o mais precoce possível, evitando assim o risco adicional do transporte desse recém-nascido, além do atraso no tratamento especializado”, explica.
Cardiopatias congênitas em adultos
É possível que a má formação seja diagnosticada apenas na fase adulta, já que nem sempre a pessoa teve acesso aos exames cardiológicos no pré-natal ou assim que nasce. Além disso, há cardiopatias congênitas que não apresentam sintomas.
Apesar de diversas diferenças entre si, como formas de apresentação, intensidades e gravidades, todos os casos de cardiopatia congênita possuem algo em comum: necessidade de acompanhamento e tratamento pela vida toda.
Ter uma cardiopatia congênita pode facilitar o desenvolvimento de cardiopatias adquiridas, como hipertensão arterial, doença coronariana e arritmias.
Trata-se de uma anomalia de alta complexidade; portanto, é essencial um atendimento especializado com monitoramento constante e uma infraestrutura de excelência.