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Saiba mais sobre o câncer que afeta o marido de Ana Hickmann

Alexandre Correa, de 54 anos, revelou na quarta-feira que faz tratamento contra um tumor já em metástase na região do pescoço

Saúde|Do R7

Alexandre passou por cirurgia e agora faz tratamento com radioterapia e quimioterpia
Alexandre passou por cirurgia e agora faz tratamento com radioterapia e quimioterpia

Tumores como o que o marido da apresentadora Ana Hickmann, da Record TV, revelou estar tratando estão entre os mais frequentes na população brasileira.

O empresário Alexandre Correa, de 54 anos, disse a seguidores nas redes sociais, na quarta-feira (11), que foi diagnosticado com um câncer em metástase "entre o maxilar e a base do crânio" e que havia se espalhado para um linfonodo próximo.

Ele foi submetido a uma cirurgia para retirada dos tumores e agora passa por tratamento de radioterapia e quimioterapia.

Leia também: Marido de Ana Hickmann recebe apoio após revelar câncer

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Os tumores de pescoço e cabeça, como neste caso, são o quinto tipo com maior incidência em homens e mulheres no Brasil, com mais de 22 mil novos casos por ano, segundo dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer).

Entretanto, os primeiros sinais da doença podem passar despercebidos, explica o médico oncologista Lucas Vieira dos Santos, da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

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"O câncer de cabeça e pescoço, basicamente, traz sintomas de forma mais tardia, ou seja, aparecem quando o paciente tem uma doença um pouco mais avançada. [...] Pode ter sintomas no tumor primário, mas nem sempre isso acontece."

Uma simples ferida que não cicatriza após duas semanas na boca, um sangramento persistente na boca ou no nariz ou até uma dor de garganta prolongada devem ser considerados sintomas para procurar avaliação médica, segundo o oncologista.

Áreas comuns de tumores de cabeça e pescoço
Áreas comuns de tumores de cabeça e pescoço

Os tumores de cabeça e pescoço afetam órgãos diferentes, que incluem boca, glândulas salivares, língua, laringe, faringe e seios paranasais, por exemplo.

O caroço que surge no linfonodo em casos de câncer de cabeça e pescoço já indicam a metástase, como no caso do marido da apresentadora.

"É claro que nem todo caroço que surge no pescoço é câncer. Uma faringite ou uma amigdalite podem fazer surgir um caroço doloroso no pescoço que em duas semanas praticamente já desapareceu. Mas toda vez que a gente tem um caroço que não desaparece, pode indicar um problema mais sério.

O câncer, explica Santos, pode ficar restrito a um órgão, em uma fase inicial da doença, ou também se espalhar, que é a chamada metástase. Quando está em um linfonodo na área do tumor inicial, é considerado menos grave.

"Uma forma mais grave é quando a célula tumoral se dissemina pelo sangue e vai para outros órgãos longe. A metástase do gânglio linfático [próximo] é menos grave do que a que ocorre em um órgão distante."

Nesse tipo de câncer, a metástase à distância costuma ocorrer no pulmão, mas também pode afetar fígado, ossos e gânglios em outras partes do corpo.

Quais são as causas?

O desenvolvimento dos cânceres de cabeça e pescoço tem alguns fatores de risco que podem ser prevenidos, observa o oncologista. Ele menciona o tabagismo e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, responsáveis por aumentar em 30 vezes a chance desses tumores.

Outro fator de risco é o HPV (papilomavírus humano), uma infecção sexualmente transmissível que vem crescendo nos últimos anos.

"A população conhece o HPV principalmente pelo câncer de colo uterino, que acomete as mulheres, mas este mesmo vírus pode causar um tipo particular de câncer que ocorre nas amígdalas, na base da língua, propriamente na orofaringe, ou seja, na garganta."

Além disso, prestar atenção em sintomas que permanecem é fundamental para o diagnóstico precoce da doença.

"Procure atendimento médico com rapidez se tiver alguns desses sintomas, como ferida na boca, caroço que cresce no pescoço, algum tipo de sangramento na boca ou no nariz, e que perdura por mais de duas semanas", recomenda Santos.

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