A Pesquisa Vigitel 2021, conduzida pelo Ministério da Saúde, mostrou que o Brasil mantém uma prevalência dos índices de depressão acima da média mundial. Enquanto a OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que cerca de 5% dos adultos em todo o planeta tenham a doença, entre os brasileiros são 11,3%. A depressão no Brasil se distribui de forma diferente de acordo com cada capital, com índices que variam de 7,2% a 17,5%. Veja abaixo o percentual de adultos que declararam na pesquisa ter recebido diagnóstico médico de depressão: • Porto Alegre: 17,5% • Belo Horizonte: 17,2% • Florianópolis: 17,1% • Campo Grande: 16,6% • Curitiba: 16,1% • Recife: 12,5% • Rio de Janeiro: 11,9% • Natal: 11,8% • Fortaleza: 11,4% • Maceió: 11,3% • Palmas: 11,3% • Distrito Federal: 11,2% • João Pessoa: 11% • Aracaju: 10,9% • Vitória: 10,9% • Teresina: 10,8% • Porto Velho: 10,6% • Boa Vista: 10,3% • Manaus: 10,2% • Rio Branco: 10,2% • Goiânia: 10,1% • São Paulo: 9,7% • Cuiabá: 9,2% • Macapá: 8,2% • Salvador: 8% • São Luís: 8% • Belém: 7,2% A depressão incide mais em mulheres (14,7%) do que em homens (11,3%). Também há variações de acordo com a idade e a escolaridade. Indivíduos de 55 a 64 anos são os que apresentam os índices mais elevados de depressão: 13,2%. Mas esse percentual vai a 18% quando são consideradas somente as mulheres. Em seguida, aparecem os idosos (65 anos ou mais), com 12,8%, e o grupo de 45 a 54 anos, com 12%. Pessoas com 12 anos ou mais de escolaridade apresentam mais quadros depressivos (12,1%), segundo o levantamento. A depressão é uma doença multifatorial, cuja causa exata é desconhecida, mas pode ter relação com eventos específicos ao longo da vida, predisposição genética, alteração dos níveis de alguns neurotransmissores e fatores psicossociais. Entre os principais sintomas estão sensação de tristeza e desmotivação, alterações no sono, cansaço excessivo, humor para baixo, entre outros. É fundamental buscar ajuda profissional (médico ou psicólogo). A grande maioria dos casos tem remissão de todos os sintomas se for conduzido um tratamento adequado. Na pior das hipóteses, a depressão pode levar ao suicídio. No Brasil, o CVV (Centro de Valorização à Vida) oferece atendimento gratuito para acolhimento de pessoas que em algum momento cogitaram tirar a própria vida. A entidade, sem fins lucrativos, foi fundada há 57 anos e tem representação em 19 estados e no Distrito Federal. O telefone 188 (gratuito para todo o país) é o principal canal de atendimento. Milhares de voluntários que integram o CVV (Centro de Valorização da Vida), entidade sem fins lucrativos, trabalham diariamente. Mas também é possível entrar em contato pelo chat no site, onde há uma lista de endereços físicos das unidades.