O Brasil registrou do começo do ano até 24 de agosto 836 casos confirmados ou prováveis de mpox. Deles, 51,5% foram no estado de São Paulo (427 casos) e 23,6%, no do Rio de Janeiro (195). Isso significa dizer que três em cada quatro pessoas contaminadas no Brasil foram diagnosticadas com a doença em hospitais paulistas ou cariocas.Minas Gerais vem depois, com 50 casos (6%), seguido pela Bahia, com 36 casos (4,2%). Goiás e o Distrito Federal estão empatados em quinto lugar, com 17 casos cada. Até o momento, cinco estados não registraram nenhum caso da doença: Roraima, Amapá, Tocantins, Maranhão e Piauí. Os dados são do Ministério da Saúde.Os 836 casos confirmados ou prováveis da doença se aproximam dos registros de mpox ao longo de todo o ano de 2023, quando o Ministério da Saúde contabilizou 853. O pior ano da doença no Brasil foi em 2022, quando 10.648 pessoas tiveram a enfermidade. Em 2024, ainda não houve mortes por mpox. Em 2023, foram duas (em Minas Gerais e no Pará), e em 2022, 14 (foram cinco no Rio de Janeiro, três em São Paulo e três em Minas Gerais, enquanto Maranhão, Mato Grosso e Santa Catarina registraram um óbito cada).Separando por município, a cidade de São Paulo é a que mais tem casos neste ano, com 322 (38,5%). Rio de Janeiro está atrás, com 177 (21,2%), seguido por Belo Horizonte, com 43 (5,1%), Salvador, com 30 (3,6%) e Brasília, com 17 (2%).A grande maioria dos casos confirmados e prováveis é em pessoas do sexo masculino, com 796 ocorrências (95,2% do total). A faixa etária mais afetada é a de 18 a 39 anos, com 603 registros (72,1%). Apenas um caso foi registrado na faixa etária de 0 a 4 anos, e não houve registro de que gestantes tenham sido infectadas neste ano.A mpox é uma doença viral e a transmissão para humanos pode ocorrer por contato com uma pessoa infectada com vírus, com materiais contaminados ou animais silvestres (roedores) infectados.A transmissão entre pessoas ocorre principalmente quando há contato físico direto com indivíduos que apresentam sintomas, como lesões, fluidos corporais e gotículas respiratórias.Os sintomas são erupções cutâneas ou lesões na pele, ínguas, febre, dor de cabeça, dor no corpo, calafrios e fraqueza. O período de incubação, que é o intervalo entre o primeiro contato com o vírus e o inícios dos sinais, pode variar de 3 a 16 dias, podendo chegar a 21 dias.