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Ter 50 anos de idade, como Manieri, aumenta o risco de infarto

Cantor também tem histórico familiar de ataque cardíaco, o que o torna mais suscetível. Artista foi internado um dia depois do próprio aniversário

Saúde|Brenda Marques, do R7

Manieri sofreu infarto um dia após completar 50 anos
Manieri sofreu infarto um dia após completar 50 anos Manieri sofreu infarto um dia após completar 50 anos

O cantor Maurício Manieri segue estável e na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) após sofrer um infarto. O artista sentiu fortes dores no peito e foi internado na sexta-feira (11), um dia depois de completar 50 anos.

Homens que estão nessa faixa etária e têm histórico na família, como é o caso do cantor (o irmão dele morreu de ataque cardíaco), correm mais risco.

O cardiologista da Cia. da consulta Ciro Mancilha Murad, especializado em insuficiência Cardiaca e Transplante pelo Instituto do Coração da Universidade de São Paulo (Incor/USP), explica que o sexo masculino e a idade avançada, por si só, já são características que tornam as pessoas mais suscetíveis.

"Cada década de vida aumenta um pouco esse risco, a partir dos 40, 50 anos é preciso ter mais atenção. Existe também a predisposição familiar", afirma. "O infarto acontece quando uma das artérias coronárias, que levam sangue para o coração, é obstruída por placas de gordura. Essas placas são formadas ao longo da vida", detalha.

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Colesterol alto, diabetes, hipertensão, obesidade e tabagismo também são fatores de risco. Já a trombofilia, condição rara em que o paciente tem tendência ao surgimento de trombose (formação de coágulos no sangue), pode causar infarto em pessoas jovens, antes dos 30 anos. "Há um risco maior de formar trombos no corpo todo, inclusive nas artérias coronárias", descreve o cardiologista.

O principal sintoma de infarto é a dor forte no peito, que pode irradiar para as costas, o rosto e os braços - mas raramente atinge o direito -, segundo o Ministério da Saúde. No entanto, idosos e diabéticos podem ter naúseas e falta de ar sem apresentar qualquer incômodo, destaca Murad.

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O diagnóstico é feito por meio de um cateterismo. "Uma artéria do paciente, no pulso ou na virilha, é pulsionada para injetar contraste e ver qual artéria foi obstruída", explica.

Doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em todo o mundo e tiraram a vida de 17.790.949 pessoas em 2017, de acordo com o levantamento mais recente, disponível no estudo Global Burden of Disease (Fardo Global das Doenças, em tradução livre), feito pelo IHME (Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde), em inglês.

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Leia também: Pandemia causa queda de atendimento de infarto e AVC

O atendimento rápido é essencial para evitar sequelas e aumentar a eficácia da angioplastia, procedimento no qual um stent é colocado na artéria coronária. Trata-se de uma estrutura metálica que faz a desobstrução arterial.

"O ideal é procurar atendimento o quanto antes. Depois de 12 horas, há mais chance de ficar com sequelas e até de morrer", alerta Murad. De acordo com ele, a principal sequela é a insuficiência cardíaca.

O especialista acrescenta que a angioplastia só é indicada para o paciente que teve a artéria coronária totalmente entupida. Nos outros casos, é possível fazer o tratamento clínico, com medicamentos aniplaquetários e anticoagulantes.

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