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Ter propósito de vida é primordial para envelhecer com qualidade

Segundo especialista em gerontologia, quem faz planos, traça metas e realiza sonhos tem um envelhecimento mais saudável

Saúde|Do R7

Casal de idosos passeia pela orla de Santos (SP) Ana Vinhas/R7

O país vai alcançar seu maior número de habitantes em 2041 e, a partir daí, a população vai diminuir, alcançando uma redução em mais de 20 milhões de pessoas no Brasil em 2070, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Caso a projeção se concretize, a expectativa de vida do brasileiro vai aumentar e será de 83,9 anos, quando 37,8% dos brasileiros serão idosos em 2070. Atualmente, o desafio não é prolongar a vida, e sim viver mais com qualidade.

A longevidade saudável é um desejo de todos, mas com o envelhecimento da população e uma maior expectativa de vida no Brasil, as mudanças que ocorrem na velhice trazem implicações e desafios na dimensão social, econômica e de saúde. Além das políticas públicas criadas para ajudar os idosos, cada indivíduo pode ter propósitos de vida que vão ajudá-lo a ter uma velhice mais ativa e proveitosa.

A fisioterapeuta, doutora em gerontologia e membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) seccional do Paraná, Cristina Cristovão Ribeiro, percebeu ao longo dos anos trabalhando com idosos que aqueles que faziam planos, traçavam metas e realizavam sonhos tinham um envelhecer mais saudável. Pensando nisso, ela organizou o livro Propósito de vida da pessoa idosa (Summus Editorial), com outros 13 autores, especialistas em gerontologia de diferentes áreas de atuação.

O estudo desta temática surgiu a partir da tese de doutorado da autora e organizadora. A obra reúne capítulos dela e de profissionais de diferentes áreas, especialistas no trabalho com pessoas idosas que descrevem propostas de intervenções em suas práticas gerontológicas, partindo da premissa de que estabelecer propósitos de vida é um componente fundamental para um envelhecimento ativo e saudável.


“Essas intervenções multidisciplinares focadas na melhoria do propósito de vida de idosos podem contribuir para fortalecer as reservas neurológicas e cognitivas, o senso de controle e de competência. Podem também ser de grande valia para atenuar, postergar e diminuir o ritmo do declínio cognitivo e do desenvolvimento da morbidade e da incapacidade na idade avançada”, explica Cristina.

O livro está organizado em quatro partes. Cada capítulo traz um panorama dos estudos sobre o tema e também relatos de casos, que ilustram como a perspectiva do propósito de vida pode contribuir para a saúde física e mental dos pacientes idosos.


Além dos textos de Cristina Ribeiro, organizadora do livro, colaboraram: Daniel Vicentini de Oliveira (Atuação da educação física); Andressa Chodur e Tiago R. da Silva (Atuação da terapia ocupacional); Simone Fiebrantz Pinto (Atuação da nutrição); Claudimara Zanchetta (Atuação da musicoterapia); Jéssica Ketelin Marques da Silva e Rubens Guimarães Mendonça (Comunidades e instituições de longa permanência para idosos (ILPIs); Hércules Lázaro Morais Campos (Contexto rural); Mirian Nunes Moreira (Cuidados paliativos); Wellington Lourenço Oliveira e Mônica Sanches Yassuda (Propósito de vida: desempenho cognitivo e prevenção de demências); Ana Lúcia Fiebrantz Pinto (Aposentadoria e propósito de vida) e Lilian Liang (Aprendendo com os idosos das Blue Zones).

Complementando a obra estão sugestões de documentários, séries, dramas, romances, comédias e aventuras envolvendo a temática das pessoas idosas, selecionadas para inspirar uma nova postura diante dos conceitos do Propósito de Vida. Cristina Ribeiro também adaptou para a realidade brasileira uma escala para avaliar o propósito de vida e estudar seu impacto em várias dimensões da saúde e do bem-estar de pessoas idosas.

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