Verão facilita a ocorrência de doenças íntimas em mulheres; saiba como prevenir
Estação é marcada pelo aumento do calor e da umidade, que contribui para a proliferação de fungos e bactérias na região da vulva
Saúde|Do R7

O verão, para muitas mulheres, é sinônimo de praia, piscina e lazer. Os dias mais longos e as noites mais curtas, característicos da estação, são ideais para esses passatempos, mas também exigem um cuidado especial com a alta incidência de corrimento e candidíase vaginal.
Essa estação é marcada por ser a mais quente e chuvosa do ano. Isso significa que há mais calor e umidade, uma combinação não tão positiva para a saúde íntima da mulher.
"Na época de verão, as mulheres têm algumas doenças às quais estão mais suscetíveis, principalmente os corrimentos vaginais. Por causa do calor e da umidade que temos no nosso país, acabamos abafando muito a região da vulva, da vagina, e isso faz com que aquele ambiente se torne suscetível a fungos e bactérias", explica a ginecologista e obstetra Ana Paula Beck.
O corrimento vaginal, por si só, é um incômodo, já que ele pode causar, por exemplo, coceira e ardência. Porém, o verão facilita ainda a ocorrência da candidíase vaginal, uma doença que atinge três em cada quatro mulheres.
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A candidíase vaginal é causada por um desequilíbrio do fungo Candida, que habita a flora vaginal. Ou seja, ela acontece quando há um número excessivo desses fungos na região, influenciado, por exemplo, pelo ambiente mais abafado e úmido.
"As principais causas da candidíase são uso de medicamentos, como antibióticos, diabetes, baixas recorrentes da imunidade. Em geral, a pessoa, por algum motivo, está mais suscetível a essa alteração da flora vaginal", diz Ana.
Os principais sintomas da condição, de acordo com o manual MSD, são coceira na vagina e na vulva (parte externa do órgão genital feminino) e secreção vaginal espessa e esbranquiçada, que tem aspecto grumoso, como o de queijo cottage.
Esses sintomas podem piorar quando a mulher está a uma semana de menstruar.
Para evitar essa situação, a ginecologista aconselha manter um hábito de vida saudável, como uma boa alimentação, fazer atividade física, ter um sono regular, não ingerir álcool e evitar o tabagismo, por exemplo.
"Isso faz com que a flora vaginal se mantenha adequada e, com isso, evitamos a candidíase. Quando as pacientes têm recorrência da candidíase, sugerimos formas de não abafar a região da vulva e da vagina, que é evitar calças apertadas e o uso de calcinhas que não sejam adequadas — a melhor é a calcinha de algodão —, e tentar dormir sem calcinha para evitar esse abafamento", complementa Ana.
Esses cuidados são essenciais não apenas no verão, mas durante o ano todo. A especialista afirma que essa estação exige um "reforço" dessas medidas, especialmente por aquelas que pretendem ir à praia ou à piscina.
"[A mulher deve] evitar ficar com a roupa de banho molhada: uma vez que entrou no mar ou na piscina, [precisa] trocar a parte de baixo. Eu sempre aconselho minhas pacientes a levarem duas ou três partes de baixo e trocarem em algum momento do dia. Não fique o dia inteiro com aquela roupa molhada, mantenha-se mais seca", alerta a ginecologista.
Em caso de diagnóstico de candidíase, o ideal é procurar um médico, pois o tratamento é feito com medicamentos antifúngicos.
Apesar de ser uma infecção que ocorre com frequência e, geralmente, não é grave, as mulheres, especialmente grávidas, com diabetes ou que estejam tomando antibióticos, grupo em que a candidíase é mais comum, devem se atentar aos sintomas e aderir aos cuidados básicos.
O corrimento vaginal, quando recorrente, também deve ser investigado, principalmente se ele causar febre, dor pélvica ou uma secreção sanguinolenta. O profissional de saúde é quem vai conseguir encontrar a causa do corrimento, mas há algumas medidas que podem aliviar os sintomas:
• Lavar a vagina todos os dias sem sabonete ou, se ele for necessário, usar um neutro e hipoalergênico;
• Enxaguar e secar completamente a região;
• Trocar as peças íntimas e tomar banho uma vez ao dia;
• Colocar compressas de gelo na região;
• Tomar um banho de assento em água morna para reduzir a dor e a coceira.
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Algumas condições de saúde podem ser extremamente dolorosas. Embora as dores sejam uma percepção individual, há um consenso entre médicos de quais costumam ser mais intensas. O NHS (Serviço Nacional de Saúde) do Reino Unido fez uma lista com as piores dores causadas por determinadas doenças. Veja nas próximas imagens quais são elas (não estão em ordem de intensidade):






















