Após 15 anos de projetos que não deslancharam, o Parque Digital do DF está sendo relançado pelo GDF (Governo do Distrito Federal). As apostas dessa vez são no foco na biotecnologia e num novo modelo de financiamento. O lançamento do BioTIC, como foi rebatizado o Parque Tecnológico Capital Digital, foi feito nesta segunda-feira (3) na WCIT 2016, o maior Congresso de Tecnologia da Informação do mundo, que acontece até amanhã (5) em Brasília no CICB (Centro Internacional de Convenções do Brasil). Para o presidente da Terracap (Agência de Desenvolvimento do DF), Júlio César Reis, as características do DF farão com que o projeto se viabilize, agora que foi redesenhado. — O diferencial do novo projeto é o foco nas características específicas do mercado local de Brasília. O maior atrativo é a população do DF. Temos a maior concentração de doutores per capita do Brasil, principalmente nas áreas de biotecnologia. E o maior número de mestres.Com esse foco estamos atraindo empresas âncora como a Embrapa. Para exemplificar, Reis usa o exemplo de aplicativos de sucesso como Uber e Waze. — Sempre tivemos mapas, geoprocessamento. Aplicativos como Uber e Waze usaram a tecnologia para desenvolver esses aplicativos de mobilidade. Vamos fazer o mesmo. Usando a tecnologia nas áreas fortes da capital, biotecnologia e saúde. O projeto está em fase de finalização do desenho do modelo de negócio. A proposta é criar um fundo de investimentos para captar os recursos. A Terracap entraria com valor do terreno no fundo, R$ 1,4 bilhão, e iria captar mais R$ 1 bilhão ao vender cotas dos fundos, que poderiam ser adquiridas tanto por empresas quanto por pessoas físicas. O gestor do fundo ainda não foi definido. — O parque tecnológico está saindo do papel, terá espaço para 1.200 empresas e poderá gerar até 25 mil empregos diretos. Parque Digital do DF: o Vale do Silício do CerradoWCIT 2016 Até amanhã (5), Brasília será a capital tecnológica do mundo. A capital federal é a sede de 2016 do Congresso Mundial de Tecnologia da Informação (WCIT Brasil 2016), que reúne empresários, investidores, CEO’s, acadêmicos e personalidades da cadeia de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) de mais de 40 países. Um setor que faz parte da vida das pessoas, com aplicativos, smartphones, computadores e tem um faturamento mundial de US$ 4 trilhões por ano. Para um dos coordenadores do evento Jeovani Salomão, presidente da Assespro Nacional (Federação das Associações das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação), o WCIT pode ser chamado de a ‘Olímpiada’ da tecnologia. — O WCIT, guardadas as devidas proporções, é a Olimpíada do nosso setor.Criadores brasileiros de tecnologia também estão presentes no Congresso. O aplicativo mineiro Zumpy de caronas solidárias e a plataforma de anúncios não invasivos em vídeos Uru (startup americana fundada por um brasileiro) receberam o prêmio WEDS: um ‘Oscar’ da tecnologia do mundo para iniciativas que podem se transformar em novos gigantes mundiais. Inscrições e a programação completa estão disponíveis na página do evento