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Tecnologia e Ciência

Astrônomos encontram 7 planetas maiores que a Terra sendo 'fritos' por estrela

Segundo a Nasa, corpos celestes do sistema Kepler-385 recebem muito mais radiação do que a registrada no nosso Sistema Solar

Tecnologia e Ciência|Do R7

Em nosso Sistema Solar, Mercúrio é o planeta que orbita mais próximo ao Sol, e sofre perpetuamente "fritura" pela radiação solar sete vezes maior do que a que ocorre na Terra.

Astrônomos, que usaram dados obtidos pelo telescópio espacial Kepler, já aposentado pela Nasa, identificaram sete planetas orbitando outra estrela na Via Láctea, cada um deles sofrendo com a potência da sua estrela e recebendo energia radiante ainda mais brutal do que a vista em Mercúrio.

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Trata-se do segundo sistema com mais planetas identificados ao redor de qualquer estrela depois do nosso Sistema Solar.

Ilustração do Kepler-385, um sistema com sete planetas descoberto pelo telescópio Kepler
Ilustração do Kepler-385, um sistema com sete planetas descoberto pelo telescópio Kepler

Todos os sete planetas são maiores do que a Terra, que é maior dos quatro planetas rochosos do nosso Sistema Solar, mas menores do que Netuno, que é o menor dos quatro planetas gasosos ao redor do Sol. Todos eles possuem órbitas mais próximas à estrela deles — chamada de Kepler-385 — do que Mercúrio em relação ao Sol.


“Todos os planetas são ‘fritos’ mais intensamente do que qualquer outro planeta do nosso Sistema Solar”, afirmou o astrônomo Jack Lissauer, do Centro de Pesquisa Ames, da Nasa, na Califórnia. Ele é autor do estudo que será publicado no Journal of Planetary Science e colocado no website de pesquisa arXiv.

Até hoje, cientistas identificaram mais de 5.500 exoplanetas — como são chamados aqueles fora do nosso Sistema Solar — e encontraram centenas de estrelas com múltiplos exoplanetas. Mas a coleção de sete deles da Kepler-385 é superada apenas pelos oito em órbita de uma estrela chamada Kepler-90. Outra estrela, a Trappist-1, possui sete planetas. Nosso Sistema Solar tem oito.

O telescópio espacial Kepler, utilizado na primeira missão de caça aos planetas da Nasa, foi aposentado em 2018. Ele detectava os exoplanetas por pequenos pontos ao passar em frente ao brilho das estrelas quando um planeta cruzava com aquela estrela.

O estudo realça a existência de vários tipos de sistemas solares, e muitos provavelmente não se parecem com o nosso. Há quase certeza de que existem sistemas com mais de oito planetas, mas os telescópios ainda não são potentes o suficiente para identificar pequenos exoplanetas.

A estrela Kepler-385 é cerca de 10% maior do que o diâmetro e a massa do nosso Sol e também é um pouco mais luminosa e quente. Ela está localizada a cerca de 5.000 anos-luz da Terra. Um ano-luz corresponde à distância que a luz viaja em um ano, ou 9,5 trilhões de quilômetros.

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O menor dos sete planetas — que ainda assim é 20% maior do que a Terra — é o que orbita mais próximo à estrela, algo em torno de 4% da nossa distância do Sol. O próximo planeta é cerca de 20% maior do que aquele mais próximo à estrela.

“Ambos devem ser rochosos e ‘bloqueados’, mostrando a mesma face para sua estrela o tempo todo, como a Lua faz com a Terra”, afirmou Lissauer. “Isso faz com que sejam extremamente quentes no ponto mais próximo da estrela. Como é provável que qualquer atmosfera já tenha evaporado há muito tempo, os seus hemisférios virados para o lado oposto da estrela são perpetuamente escuros e extremamente frios."

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