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Brasil é o 2º país com mais casos de bullying virtual contra crianças

Pesquisa publicada pela Ipsos revela que as crianças brasileiras são vítimas frequentes de hostilidade principalmente pelos perfis nas redes sociais

Tecnologia e Ciência|Pablo Marques, do R7

Brasil registra um grande volume de casos de bullying na internet
Brasil registra um grande volume de casos de bullying na internet Brasil registra um grande volume de casos de bullying na internet

O cyberbullying é o termo usado para designar práticas de violência que acontecem principalmente pela internet. As vítimas costumam ser crianças e adolescentes em idade escolar e que são usuárias de redes sociais.

Uma pesquisa realizada pelo Ipsos coloca o Brasil como o segundo país com a maior incidência de casos de cyberbullying no mundo. Foram entrevistadas 20.793 pessoas em 28 países.

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Cerca de 30% dos pais e responsáveis brasileiros, afirmam terem tido conhecimento de pelo menos um caso em que o filho ou a filha foi vítima de bullying. Nessa disputa, o país fica atrás somente da Índia que tem 35%. Ambos superam bastante a média global de 17%, de acordo com a pesquisa.

É raro encontrar crianças que não fora dessa estatística. Somente 11% dos entrevistados nunca souberam que os filhos passaram por situação de constrangimento ou humilhação pela internet. 

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Passar por situação de hostilidade, mesmo no ambiente virtual, pode trazer consequência para a vida da criança. 

"O bullying, seja ele pela internet ou não, é um fato de estresse crônico e isso pode provocar depressão, ansiedade e até dificultar a socialização", explica Dr. Francisco Assunção, livre docente da faculdade de medicina da USP e professor associado do instituto de psicologia da USP. 

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Segundo a pesquisa, em 65% dos casos, as redes sociais foram usadas como ferramentas para praticar as agressões. Em seguida, aparecem os smartphones que são usados em 45% das ocorrências de bullying.

No Brasil, os perfis na internet são usados em 70% das vezes que uma criança é atacada nas redes. Nesse quesito, o país fica atrás de apenas quatro países: Peru (80%), Argentina (74%), México (73%) e Malásia (71%).

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"Os pais devem saber o que os filhos estão fazendo na internet. Elas não podem ficar muito tempo navegando pelas redes sociais sozinhas. O ideal é determinar um período para essa atividade", explica Assunção.

Em geral, o agressor é alguém que convive diariamente com a criança ou com o adolescente, principalmente colegas de classe. O ambiente escolar é o local onde acontecem 51% dos casso de bullying no mundo.

"Uma vez que a criança está sendo agredida, os pais devem entrar em contato com os pais do agressor, considerando que as crianças não respondem por si. Dependendo do caso, pode existir até a necessidade de tomar as providencias legais", orienta o professor.

Na média dos países da pesquisa, 76% dos entrevistados consideram que as políticas de conscientização e combate ao cyberbullying é insuficiente. Uma prova disso, é que 25% dos pais e responsáveis disseram que nunca terem ouvido falar nesse tipo de violência virtual. 

"A escola deve tratar de temas como o respeito ao próximo independente da presença de bullying ou não", afirma o professor.

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