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Tecnologia e Ciência

Buraco negro é observado 'mordiscando' estrela parecida com o Sol

Cada 'lanche' do objeto espacial consome três vezes a massa da Terra do astro, localizado no centro da galáxia Sagitário A*

Tecnologia e Ciência|Do R7

Buracos negros, objetos celestes conhecidos por sua gula, geralmente comem de uma só vez estrelas com azar de chegar perto demais deles, aniquilando-as com sua enorme atração gravitacional. Alguns, no entanto, tendem a mordiscar em vez de devorar.

Pesquisadores disseram que observaram um buraco negro supermassivo no centro de uma galáxia relativamente próxima enquanto ele arrancava pedaços de uma estrela semelhante em tamanho e composição ao nosso Sol, consumindo material igual a cerca de três vezes a massa da Terra cada vez que a estrela se aproximava, enquanto viajava em sua órbita, de formato oval.

Buraco negro foi visto 'mordiscando' uma estrela em galáxia distante
Buraco negro foi visto 'mordiscando' uma estrela em galáxia distante

Buracos negros são objetos extraordinariamente densos com uma gravidade tão forte que nem mesmo a luz consegue escapar deles.

A estrela está localizada a cerca de 520 milhões de anos-luz do nosso sistema solar. Um ano-luz é a distância que a luz percorre em um ano: 9,5 trilhões de km. Ela foi observada sendo saqueada pelo buraco negro supermassivo no coração de uma galáxia em forma de espiral.


No que diz respeito a esses buracos negros, este é relativamente pequeno, e estima-se que tenha uma massa algumas centenas de milhares de vezes maior que a do Sol. O buraco negro supermassivo no centro da nossa galáxia, chamado Sagitário A*, possui cerca de 4 milhões de vezes a massa do nosso Sol. Algumas outras galáxias abrigam buracos negros supermassivos com centenas de milhões de vezes a massa do Sol.

A maioria das galáxias tem buracos negros no seu centro, e o ambiente ao seu redor pode estar entre os lugares mais violentos do Universo.


A maior parte dos dados usados ​​pelos cientistas no novo estudo veio do Observatório Neil Gehrels Swift, da Nasa.

A estrela foi observada ao orbitar o buraco negro a cada 20 a 30 dias. Em uma das extremidades de sua órbita, aproxima-se o suficiente do buraco negro para que algum material da sua atmosfera estelar seja sugado ou agregado cada vez que passa — mas não tão perto, para que seja totalmente engolida. Tal evento é chamado de "perturbação parcial repetida da maré".


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O material estelar que cai no buraco negro aquece até cerca de 2 milhões de graus Celsius, liberando uma imensa quantidade de raios-X, que foram detectados pelo observatório espacial.

"O mais provável é que a órbita da estrela gradualmente se deteriore, e ela se aproxime cada vez mais do buraco negro supermassivo até chegar perto o suficiente para ser completamente interrompida", disse o astrofísico Rob Eyles-Ferris, da Universidade de Leicester, na Inglaterra. Ele é um dos autores do estudo publicado nesta semana na revista Nature Astronomy.

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