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Cientista é eleita mulher mais influente da história

Polonesa naturalizada francesa, Marie Curie descobriu a radioatividade; lista compreende nomes dos quatro continentes, mas não há brasileira

Tecnologia e Ciência|Deborah Giannini, do R7

A cientista francesa nascida na Polônia Marie Curie
A cientista francesa nascida na Polônia Marie Curie A cientista francesa nascida na Polônia Marie Curie

A cientista Marie Curie desbancou Margaret Thatcher, a princesa Diana e até Cleópatra na lista das 100 mulheres mais influentes da história, elencada anualmente pela BBC History Magazine, no Reino Unido.

A seleção prévia foi feita por 10 especialistas de diversas áreas do conhecimento e, a partir desses nomes, o público escolheu quem são as mulheres que causaram maior impacto na história mundial.

Entre as vencedoras estão desde Boudicca, rainha celta que nasceu no ano 30 e liderou um levante contra romanos que ocupavam a Grã-Bretanha, até Maryam Mirzakhani, matemática iraniana que morreu aos 40 anos em 2017. Como contempla o legado, a lista não inclui pessoas vivas.

Figuras icônicas como a pintora Frida Kahlo, a escritora Simone de Beauvoir e a estilista Coco Chanel também estão entre as 100. A lista compreende nomes dos quatro continentes, mas não há brasileira.

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Ao colocar Marie Curie no topo da lista, a BBC History Magazine afirma que a cientista francesa nascida na Polônia mudou o mundo não apenas uma, mas duas vezes ao fundar a nova ciência da radioatividade - até mesmo a palavra foi inventada por ela - e ao lançar curas efetivas para o câncer com suas descobertas. 

Marie Curie foi a primeira mulher da história a ganhar um Prêmio Nobel e a única pessoa a ganhar duas vezes: em 1903, de Física, e em 1911, de Química.

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“Curie dispõe de uma extraordinária variedade de conquistas”, afirmou Patricia Fara, presidente da Sociedade Britânica para a História da Ciência, que indicou Marie Curie para a lista.

Nascida em Varsóvia, Curie estudou física na Universidade de Paris, onde conheceu seu futuro colaborador de pesquisa e marido, Pierre. Juntos, identificaram dois novos elementos químicos: rádio e polônio, em homenagem à Polônia, sua terra natal. Os elementos químicos colaboraram para o desenvolvimento dos aparelhos de raio-X. Mais tarde, a radioatividade viria a ser usada no tratamento de tumores.

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Leia também: As pessoas que caçam objetos radioativos em prédios, lojas e estacionamentos

A BBC History Magazine destaca que, depois que Pierre morreu, Curie criou uma pequena fortuna nos Estados Unidos e na Europa para financiar laboratórios e desenvolver tratamentos contra o câncer.

“Ela era uma mulher de ação, além de enorme intelecto. Durante a Primeira Guerra Mundial, ajudou a equipar ambulâncias com aparelhos de raio-X e, muitas vezes, levou-as para a linha de frente sozinha”, diz o texto que descreve por que ela foi eleita em primeiro lugar.

"As chances eram sempre empilhadas contra ela", diz Fara. “Na Polônia, sua família patriótica sofreu sob um regime russo. Na França, ela era considerada suspeita como estrangeira - e, claro, onde quer que fosse, era discriminada como mulher.

A BBC History Magazine ainda ressalta que, apesar de ter ficado doente com os materiais radioativos como o qual constantemente lidava, Curie nunca perdeu a determinação de se destacar na carreira científica que amava. “Sua memória é preservada pela sociedade de câncer que leva seu nome e continua a ajudar pacientes terminais em todo o mundo”.

Marie Curie morreu de anemia aplástica provocada pela manipulação de material radioativo aos 66 anos, em 1934.

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