Uma descoberta tem o potencial de aprimorar as redes de defesa da Terra, permitindo detectar asteroides com antecedência e possibilitando a realização de manobras para desviar possíveis colisões com o planeta, oferecendo um precioso tempo para evitar um impacto cataclísmico.O professor Oscar del Barco Novillo, da Universidade de Múrcia, na Espanha, desenvolveu uma equação inovadora baseada na curvatura gravitacional da luz, que pode revolucionar como os cientistas identificam a posição de objetos menores no sistema solar, segundo o jornal Daily Mail.O estudo publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, nesta segunda-feira (25) explora um fenômeno chamado “deflexão gravitacional”, que ocorre quando a luz passa por um forte campo gravitacional, como o do Sol.Normalmente, a luz segue um caminho reto de um objeto até nossos olhos, o que nos permite ver a imagem exatamente onde o objeto está. No entanto, em objetos distantes, como asteroides, esse caminho reto é alterado pela gravidade, fazendo com que a luz siga uma trajetória curva.“Um melhor cálculo das órbitas de objetos menores no sistema solar, que podem ser potencialmente perigosos para a Terra”, afirmou Novillo, se referindo à possibilidade de determinar com mais precisão as trajetórias de asteroides e outros objetos menores, como os do Cinturão de Kuiper ou da Nuvem de Oort.Esses objetos, se não forem monitorados corretamente, podem representar uma ameaça ao nosso planeta, e a sua equação será fundamental para determinar uma localização precisa.Agências espaciais como a NASA e a ESA estão investigando maneiras de evitar colisões com asteroides, incluindo a técnica de desvio de órbita testada na missão DART com o asteroide Dimorphos.Embora os resultados finais dependam da missão Hera, as primeiras observações mostram sucesso. Para desviar um asteroide perigoso, seria necessário um aviso prévio de anos para planejar a missão. Por isso, é essencial que as agências espaciais tenham métodos precisos para monitorar as órbitas dos asteroides no sistema solar.