Empresa de cibersegurança aponta quais devem ser os riscos em 2020
Roubo de logins, clonagem do chip do celular e extorsões devem ser ocorrências frequentes entre usuários e empresas na América Latina
Tecnologia e Ciência|Pablo Marques, do R7
O ano de 2019 foi marcado por diversos ataques de cibercriminosos contra usuários e contra empresas. Segundo um levantamento realizado pela Kaspersky, empresa de cibersegurança, 3,6 milhões de brasileiros foram alvos de programas maliciosos entre outubro de 2018 e outubro de 2019. Um total de 681 milhões de ataques, cerca de 21,6 registros a cada segundo.
O mais novo alvo identificado pela empresa de segurança são os roubos de logins de serviços de streaming de filmes e de música. Esse deve ser um crime que vai persistir no próximo ano. Essas informações são valiosas e são vendidas para pessoas no mundo todo na deepweb, parte da internet usada para a prática de crimes.
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Outro crime que deverá manter um grande número de ocorrências nos próximos 12 meses é a clonagem de chips de celular. Nesse caso, além de perder o número, a vítima fica vulnerável a golpes financeiros e roubo de dados pessoais.
"Qualquer informação obtida da vítima pode ser usada para que outros golpes sejam aplicados com mais efetividade", afirma Thiago Marques, da equipe de análises e pesquisa global da Kaspersky
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Os usuários do Windows 7 também devem ficar atentos. Isso porque a Microsoft irá encerrar o suporte técnico ao sistema operacional em 14 de janeiro. "Quando um software para de ter atualizações, os criminosos podem explorar brechas de segurança que nunca serão corrigidas", explica o analista.
Segundo a Kaspersky, cerca de 30% dos usuários da América Latina ainda utilizam a versão antiga do Windows.
As empresas dos mais diversos setores também devem ficar atentas para identificar e barrar a ação de criminosos no próximo ano. Os especialistas das Kaspersky apontam que instituições que concentram um grande volume de dados, como bancos digitais, poderão ser alvos de extorsão, quando os criminosos exigem um pagamento em dinheiro ou em bitcoin para não divulgar informações sigilosas.
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Uma outra vulnerabilidade que poderá ser explorada em 2020 são brechas em cadeias de fornecedores. Esse tipo de crime explora softwares distribuídos para várias empresas, como aplicativos de celular, para ter um grande alcance entre os usuários.
A preocupação com a propagação de fake news pela internet nos últimos anos não será menor no próximo ano. Essa prática não é um golpe como os mais conhecidos, mas também enganam os usuários na internet. A Kaspersky aponta que essa pratica deve continuar frequente e devem ficar mais sofisticada.
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